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Dona do Continente: "Trabalhamos para reduzir os preços todos os dias"

Cláudia Azevedo diz que a inflação no setor alimentar, que é "muito competitivo", não é um acréscimo no lucro da empresa e espera que, este ano, o aumento de preços ao consumidor final baixe.

Lusa
A Sonae aumentou o volume de negócios em 2023 para os 8,4 mil milhões de euros, alavancados especialmente pela MC, a dona do Continente, mas ainda assim baixou a margem líquida no retalho alimentar.

Já nas contas do ano anterior, o valor tinha descido de 3% em 2021 para os 2,7% em 2022. No ano passado, voltou a derrapar para os 2,6%, referiu João Dolores, CFO da Sonae, assumindo uma "contração ligeira", esta quarta-feira, 13 de março, durante a conferência de apresentação de contas do grupo em 2023.

Questionada sobre a possível descida dos preços ao consumidor final, Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, admite que, "em 2024, há uma tendência" para isso.

"O aumento de preços para os clientes finais foi menos de metade do aumento de preços que nos chegou dos produtores. Houve um esforço muito grande de contenção de preços da nossa parte, tanto assim é que tivemos uma quebra de rentabilidade no retalho alimentar em 2023. Este é um mercado competitivo, em que tentamos oferecer o melhor preço aos consumidores. Se não fosse assim, não conseguiríamos ter a posição de mercado que temos", defendeu a presidente executiva do grupo com sede na Maia.

Cláudia Azevedo prevê ainda que a inflação nos produtos alimentares baixe, "muito ligado também ao preço da energia, e isso será imediatamente refletido nos preços das prateleiras", afiançou.

Também João Dolores, CFO da Sonae, disse que a dona do Continente tem "projetos para reduzir os preços todos os dias. Nós temos tido constantemente os preços mais baixos do mercado e vamos continuar a ter", assegurou.

E a subida de preços nas prateleiras não favorece a Sonae?, questionou um dos jornalistas. "Não, não favorece. O aumento de custos não é um acréscimo do nosso lucro. O aumento tem a ver com muita coisa, com as guerras, com a seca, em alguns alimentos têm a ver com as doenças que houve e, portanto, não é direto", explicou a CEO, definindo o setor alimentar como "altamente competitivo".

A problemática em volta dos protestos dos agricultores também surgiu porque, disse a Cláudia Azevedo, "é uma preocupação natural nossa, somos todos elos da mesma cadeia".

"Temos uma relação muito saudável com os agricultores e vimos isso no ano passado, quando até fomos um pouco atacados pelo Governo, que nos atirou a culpa toda da questão da inflação, e quis criar ali algum conflito entre a grande distribuição e os agricultores - o que não aconteceu. É uma relação boa, saudável e muito orientada ao crescimento", concluiu."
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