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Dona da Cortefiel e Women'secret sofre ataque informático. Autores exigem 800 mil euros
A Tendam encontra-se a analisar dimensão do ciberataque. Criminosos terão acedido a mais de 720 gigas de informação da gigante têxtil espanhola, estando a exigir o pagamento de 800 mil euros para não a divulgar.
A Tendam, dona de marcas como Cortefiel, Springfield ou Women'secret, confirmou, esta segunda-feira, ter sido alvo de um ataque informático, estando a avaliar a extensão da brecha de segurança sem descartar a possibilidade de os dados comprometidos conterem informações dos clientes.
"Na madrugada de 5 de setembro detetámos um incidente de segurança nos sistemas informáticos", afirmou um porta-voz da gigante têxtil espanhola, ao El Pais.
Segundo a imprensa espanhola, os autores do ciberataque, levado a cabo na quinta-feira, terão acedido a mais de 720 gigas de informação, segundo avançou o portal especializado HackManac e confirmou a empresa, estando a exigir o pagamento de 800 mil euros para não a divulgar.
"Está a ser efetuada uma análise adequada para determinar a dimensão da violação de segurança dos dados", indicou o grupo com sede em Madrid, dando conta de que "o incidente afetou de forma limitada a operação, estando as lojas a funcionar com normalidade".
Propriedade dos fundos CVC e PAI Partners, a Tendam conta com uma carteira de mais de 12 marcas, em que se incluem as tradicionais Cortefiel, Women’secret, Springfield e Pedro del Hierro, assim como mais recentes criações ou aquisições como a Hoss Introdpia, Slowlove ou a Dash and Stars. A 29 de fevereiro, tinha mais de 1.750 pontos de venda (incluindo lojas próprias, franquias ou 'corners') em mais de 80 países, incluindo em Portugal.
A Tendam fechou o exercício fiscal de 2023, que terminou em fevereiro, com uma faturação recorde de 1.288 milhões de euros, que representa um aumento na ordem dos 7% face ao ano anterior, numa altura em que se prepara para entrar em bolsa.
Para acelerar o crescimento, a Tendam "continua a avaliar possíveis alternativas estratégicas, entre as quais figura uma eventual oferta pública de venda de ações num mercado regulado", uma opção que os principais acionistas têm vindo a sondar há vários anos.
Segundo escreveu anteriormente nomeadamente o jornal CincoDías, a empresa procura uma valorização entre 2.300 milhões e 2.500 milhões de euros. Inicialmente estava a trabalhar para lançar uma IPO até 12 de julho, mas decidiu adiar a operação. A próxima janela de oportunidade, tendo em conta os prazos regulamentares, abre-se em meados de outubro.