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Covid-19: Associação reitera que horário dos Centros Comerciais da AML "é discriminatório e injustificado"

A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) reiterou que a limitação de horário que vigora nos Centros Comerciais da Área Metropolitana de Lisboa (AML) "é discriminatória e injustificada", apelando para que o Governo reverta esta regra.

Os centros comerciais em Lisboa tiveram ordem de abertura esta segunda-feira, 15 de junho.
Duarte Roriz
29 de Julho de 2020 às 22:46
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Num comunicado hoje divulgado, em vésperas de uma decisão do Conselho de Ministros sobre esta matéria, a APCC pede ao Governo para que reverta a sua decisão de fecho às 20:00, "uma vez que estes espaços e os seus lojistas garantem todas as condições de segurança aos visitantes e colaboradores das lojas, não representando qualquer risco acrescido de contágio do novo coronavírus, tal como vêm demonstrando os Centros Comerciais do resto do país, a funcionar sem limitações desde o dia 01 de junho".

O Governo deverá deliberar, na quinta-feira, sobre a reabertura total dos Centros Comerciais na Área Metropolitana de Lisboa, onde se concentram 35% dos Centros do país e que asseguram 50% do emprego total gerado pelo setor a nível nacional. As lojas destes espaços têm de encerrar atualmente às 20:00.

"Os associados da APCC consideram que não existem razões objetivas para que se mantenham estas restrições sobre os Centros Comerciais, que têm mostrado, como poucos outros espaços, capacidade de garantir a segurança de visitantes, lojistas e colaboradores das lojas, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global", afirma, na nota, o presidente da APCC, António Sampaio de Mattos. 

O presidente da APCC recorda que "desde 01 de junho que os Centros Comerciais estão a operar sem limitações no resto do país sem registo de quaisquer incidentes".

"A manutenção do horário reduzido de funcionamento dos Centros Comerciais na AML, irá reforçar o impacto significativo que esta medida já está a ter, condicionando de forma grave e arbitrária a recuperação económica da atividade dos Centros Comerciais e dos seus lojistas e colocando em risco a preservação dos postos de trabalho", conclui António Sampaio de Mattos.

Já a 23 de junho, a APCC tinha dito que "não compreende" a nova limitação de horário imposta a estes estabelecimentos da AML, alertando que, contrariamente ao pretendido, "pode potenciar uma maior concentração de pessoas".

"Compreendemos a preocupação do Governo e das autoridades de saúde em minimizar os riscos de ajuntamentos à margem das regras em vigor, mas reiteramos que os Centros Comerciais, pelas características da sua operação, e por cumprirem regras de limitação de entradas, não têm nem nunca tiveram ajuntamentos", sustentou, na altura, o presidente da APCC.

Para António Sampaio de Mattos, "limitar o horário de funcionamento dos Centros Comerciais na AML pode potenciar uma maior concentração de pessoas, precisamente o contrário" do que se pretende, para além de continuar "a criar fatores de incerteza, com impactos negativos na operação dos centros, dos seus lojistas e na confiança dos visitantes".

 
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