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China prejudica venda de conhaques da LVMH
Os primeiros três meses de 2014 foram mais positivos para marcas como a Louis Vuitton ou Christian Dior do que para a Möet Chandon e a Hennessy, segundo revelam as contas da LVMH.
A LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton verificou uma melhoria do volume de negócios nos primeiros três meses do ano. Uma subida que não foi suficiente para superar as estimativas dos analistas. A responsável foi a área de bebidas, prejudicada pelas vendas na China.
“O grupo de Vinhos e Bebidas Espirituais registou uma descida de 3% na receita orgânica [numa base comparável, 8% em termos reais] no primeiro trimestre de 2014, uma tendência explicada pelo desempenho do conhaque na China”, explica o comunicado com as receitas divulgado esta quarta-feira, 9 de Abril.
As empresas do retalho reduziram os inventários de conhaque (o que afectou várias marcas) depois do pedido do presidente Xi Jinpinh que, como relembra a Bloomberg, envolvia menores gastos com banquetes e prendas. Além disso, teme-se que a China comece a viver um período de forte abrandamento económico face aos últimos anos.
Apesar deste desempenho da área de negócio, que engloba o conhaque Hennessy ou as marcas de champanhe Moët Chandon ou Dom Pérignon, as vendas da empresa LVMH subiram 4% para os 7.206 milhões de euros. Foi precisamente a área de vinho que fez com que o valor ficasse aquém dos 7.400 milhões estimados pelos analistas consultados pela agência de informação Bloomberg.
As restantes divisões da LVMH verificaram melhorias nas suas contas. A área de moda, com insígnias como Louis Vuitton e Marc Jacobs, continua a ser a que mais peso tem para o volume de negócios e foi a que marcou o maior crescimento de vendas (11%). Os perfumes (Christian Dior), a bijutaria (em que a Zenith é um exemplo) e o “retalho selectivo” (como a Sephora) marcaram subidas nas receitas mais tímidas.
Em termos regionais, a companhia francesa sublinha que registou crescimento nos Estados Unidos e na Ásia (com destaque para o Japão). Na Europa, o negócio conseguiu aguentar-se “num ambiente económico ainda desafiante”. Nesse sentido, será mantido “um forte controlo nos custos”.