Notícia
CaixaBank/BPI: Lucros da Jerónimo Martins terão aumentado 6% até março
A retalhista portuguesa deverá apresentar uma subida de lucros para os 64 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, com o apoio da operação na Polónia a ofuscar o "trimestre difícil" em Portugal. Os resultados serão divulgados quarta-feira, após o fecho.
O lucro líquido da Jerónimo Martins deverá ter crescido 6% para os 64 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, com as operações na Polónia e também na Colômbia a apresentarem bons desempenhos, de acordo com a estimativa desenhada pelos analistas do CaixaBank/BPI.
Numa nota de análise divulgada esta manhã, e a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento aponta para um crescimento homólogo de 61 para os 64 milhões de euros no que ao resultado líquido diz respeito, mas uma queda de 1% no EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para os 207 milhões de euros.
Na Polónia, onde a Jerónimo Martins atua através da Biedronka, os analistas esperam "sólidos" números, apontando para um crescimento de 4,5% nas vendas. Apesar da diminuição da inflação no país, que é um "obstáculo para a evolução das vendas", o banco espera que a Biedronka "beneficie com o encerramento dos centros comerciais e com a data da Páscoa".
"A implementação do imposto sobre o retalho a partir de janeiro levanta dúvidas sobre como a indústria tem lidado com esse obstáculo. A mensagem dos principais 'players' do mercado foi tranquilizadora, mas este continua a ser o principal risco para a Jerónimo Martins no país", acrescentam.
Ontem, a empresa foi multada em 60 milhões de zlotys (13,2 milhões de euros) na Polónia por alegadamente "induzir os consumidores em erro quanto ao país de origem dos legumes e frutas, o que pode ter distorcido as suas decisões de compra", segundo a acusação da Autoridade da Concorrência e Defesa do Consumidor (UOKiK).
A Jerónimo Martins discordou "veementemente" da decisão do regulador, dizendo mesmo que "os alegados indícios foram recolhidos de forma tendenciosa" e que "a qualidade e integridade do processo levantam sérias reservas quanto à sua imparcialidade".
Em menos de um ano, esta é já a terceira multa aplicada pelo regulador da concorrência polaco à Jerónimo Martins Polska. Em agosto avançou com outra multa de 26 milhões de euros por praticar preços diferentes dos expostos nas prateleiras e em dezembro foi multada em 163 milhões por impor descontos de forma arbitrária aos fornecedores. O grupo português recorreu de ambas as decisões.
Na Colômbia, com a cadeia de supermercados Ara, a empresa portuguesa deverá ter registado um aumento nas vendas de 4%, de acordo com a estimativa dos analistas, depois de terem crescido 34,3% nos primeiros três meses do ano passado e 10,2% no ano como um todo.
Já em Portugal, com o Pingo Doce e o Recheio, a retalhista nacional terá tido "um trimestre difícil", devido ao confinamento decretado desde meados de janeiro. As vendas terão sofrido uma queda de 30%, em termos homólogos, no Recheio, e de 3,5% no Pingo Doce.
A Jerónimo Martins apresenta resultados trimestrais na quarta-feira, dia 28 de abril, depois do fecho do mercado. Hoje, as ações estão a cair 0,42% para os 14,15 euros.
Numa nota de análise divulgada esta manhã, e a que o Negócios teve acesso, o banco de investimento aponta para um crescimento homólogo de 61 para os 64 milhões de euros no que ao resultado líquido diz respeito, mas uma queda de 1% no EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para os 207 milhões de euros.
"A implementação do imposto sobre o retalho a partir de janeiro levanta dúvidas sobre como a indústria tem lidado com esse obstáculo. A mensagem dos principais 'players' do mercado foi tranquilizadora, mas este continua a ser o principal risco para a Jerónimo Martins no país", acrescentam.
Ontem, a empresa foi multada em 60 milhões de zlotys (13,2 milhões de euros) na Polónia por alegadamente "induzir os consumidores em erro quanto ao país de origem dos legumes e frutas, o que pode ter distorcido as suas decisões de compra", segundo a acusação da Autoridade da Concorrência e Defesa do Consumidor (UOKiK).
A Jerónimo Martins discordou "veementemente" da decisão do regulador, dizendo mesmo que "os alegados indícios foram recolhidos de forma tendenciosa" e que "a qualidade e integridade do processo levantam sérias reservas quanto à sua imparcialidade".
Em menos de um ano, esta é já a terceira multa aplicada pelo regulador da concorrência polaco à Jerónimo Martins Polska. Em agosto avançou com outra multa de 26 milhões de euros por praticar preços diferentes dos expostos nas prateleiras e em dezembro foi multada em 163 milhões por impor descontos de forma arbitrária aos fornecedores. O grupo português recorreu de ambas as decisões.
Na Colômbia, com a cadeia de supermercados Ara, a empresa portuguesa deverá ter registado um aumento nas vendas de 4%, de acordo com a estimativa dos analistas, depois de terem crescido 34,3% nos primeiros três meses do ano passado e 10,2% no ano como um todo.
Já em Portugal, com o Pingo Doce e o Recheio, a retalhista nacional terá tido "um trimestre difícil", devido ao confinamento decretado desde meados de janeiro. As vendas terão sofrido uma queda de 30%, em termos homólogos, no Recheio, e de 3,5% no Pingo Doce.
A Jerónimo Martins apresenta resultados trimestrais na quarta-feira, dia 28 de abril, depois do fecho do mercado. Hoje, as ações estão a cair 0,42% para os 14,15 euros.