Notícia
Vieira Monteiro tem melhores nove meses no Totta com Banif
Os lucros do Santander Totta aproximaram-se dos 300 milhões de euros no período após compra do Banif. A margem financeira também subiu a níveis superiores aos últimos anos. Mas o saldo da aquisição só será feito no final.
O período que se seguiu à aquisição do Banif deu a António Vieira Monteiro os melhores nove meses de um ano à frente do Santander Totta. Desde 2012, quando o presidente executivo assumiu o leme, nunca o banco de capitais espanhóis teve resultados tão elevados entre Janeiro e Setembro.
O lucro do Santander Totta foi de 293,7 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa um crescimento de 66,2% em relação ao mesmo período de 2015. O ano de 2012, o primeiro que contou já com a liderança de Vieira Monteiro, foi o que teve um valor mais próximo: 230 milhões, mas com uma receita extraordinária de 222 milhões.
Para o avanço de 66,2% dos lucros da instituição financeira até Setembro de 2016 contou o aumento de 31,4% da margem financeira, base do negócio que representa a diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos. Olhando para os anos em que o presidente executivo está no banco, grande parte durante a crise das dívidas soberanas, nunca se verificou uma subida de dois dígitos da rubrica.
A justificação dada pelo banco para a evolução passa pela "diminuição do custo de depósitos". Para além disso, conta também o impacto, não identificado, "da actividade adquirida".
"Dada a imediata integração de todos os activos e passivos adquiridos [ao Banif] no balanço do banco, não é possível isolar o impacto da introdução daquela actividade comercial no perímetro de consolidação", sublinha o banco, em nota de rodapé, no comunicado de imprensa de divulgação de contas.
Os custos também avançaram nos nove meses devido à integração do Banif, agravando-se em 11%. Também, aqui, é a maior subida da liderança de Vieira Monteiro e igualmente contando com os efeitos da compra, em contexto de resolução bancária, do Banif.
O que também ajudou o avanço dos lucros do Santander Totta foi a redução das imparidades, na ordem dos 24%.
O Banif está a ter efeitos no Santander Totta – sejam rendimentos, sejam custos –, mas ainda terá mais no futuro. "Alguns resultados estamos a tirar desse investimento, mas não o que é a nossa estratégia em termos de futuro", afirmou Vieira Monteiro. Um dos custos identificados é o da liquidação do Banif Bahamas, que o CEO do Santander Totta coloca em torno dos 100 milhões de euros. Um balanço para o impacto global do banco da Madeira não há. "Só no fim faremos a conta total."
Para já, está concluída a integração da "migração tecnológica e operacional", razão pela qual o Totta tem vindo a reduzir os serviços prestados pela Oitante (que conta com os trabalhadores que não transitaram para o banco de capitais espanhóis na resolução de 20 de Dezembro).
CEO LANÇA DÚVIDAS SOBRE VENDA DO NB
O Santander participou no primeiro concurso internacional de venda do Novo Banco. Ficou pelo caminho e o processo também caiu. O banco não está nos interessados no segundo processo de alienação do herdeiro do BES. António Vieira Monteiro diz desconhecer o processo, mas defende que, se as regras forem diferentes, os procedimentos em curso – e que passam pela entrega de ofertas vinculativas esta sexta-feira – têm de ser reiniciados. "Se [o novo processo] obedecer a princípios diferentes [do primeiro], obriga a um novo caderno de encargos e a uma nova abertura do processo", lançou o presidente executivo na quarta-feira.
O lucro do Santander Totta foi de 293,7 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa um crescimento de 66,2% em relação ao mesmo período de 2015. O ano de 2012, o primeiro que contou já com a liderança de Vieira Monteiro, foi o que teve um valor mais próximo: 230 milhões, mas com uma receita extraordinária de 222 milhões.
Para o avanço de 66,2% dos lucros da instituição financeira até Setembro de 2016 contou o aumento de 31,4% da margem financeira, base do negócio que representa a diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos. Olhando para os anos em que o presidente executivo está no banco, grande parte durante a crise das dívidas soberanas, nunca se verificou uma subida de dois dígitos da rubrica.
A justificação dada pelo banco para a evolução passa pela "diminuição do custo de depósitos". Para além disso, conta também o impacto, não identificado, "da actividade adquirida".
Os custos também avançaram nos nove meses devido à integração do Banif, agravando-se em 11%. Também, aqui, é a maior subida da liderança de Vieira Monteiro e igualmente contando com os efeitos da compra, em contexto de resolução bancária, do Banif.
O que também ajudou o avanço dos lucros do Santander Totta foi a redução das imparidades, na ordem dos 24%.
O Banif está a ter efeitos no Santander Totta – sejam rendimentos, sejam custos –, mas ainda terá mais no futuro. "Alguns resultados estamos a tirar desse investimento, mas não o que é a nossa estratégia em termos de futuro", afirmou Vieira Monteiro. Um dos custos identificados é o da liquidação do Banif Bahamas, que o CEO do Santander Totta coloca em torno dos 100 milhões de euros. Um balanço para o impacto global do banco da Madeira não há. "Só no fim faremos a conta total."
Para já, está concluída a integração da "migração tecnológica e operacional", razão pela qual o Totta tem vindo a reduzir os serviços prestados pela Oitante (que conta com os trabalhadores que não transitaram para o banco de capitais espanhóis na resolução de 20 de Dezembro).
CEO LANÇA DÚVIDAS SOBRE VENDA DO NB
O Santander participou no primeiro concurso internacional de venda do Novo Banco. Ficou pelo caminho e o processo também caiu. O banco não está nos interessados no segundo processo de alienação do herdeiro do BES. António Vieira Monteiro diz desconhecer o processo, mas defende que, se as regras forem diferentes, os procedimentos em curso – e que passam pela entrega de ofertas vinculativas esta sexta-feira – têm de ser reiniciados. "Se [o novo processo] obedecer a princípios diferentes [do primeiro], obriga a um novo caderno de encargos e a uma nova abertura do processo", lançou o presidente executivo na quarta-feira.