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Tomás Correia confiante nos nomes para Montepio apesar de polémicas
Os novos estatutos da Caixa Económica Montepio Geral já tiveram aval do supervisor, segundo o presidente da mutualista que detém a instituição financeira. Os novos administradores é que ainda não foram aprovados. Nada que preocupe Tomás Correia.
O presidente do Montepio está "confiante" de que os nomes propostos para a Caixa Económica Montepio Geral vão ser aprovados pelo supervisor, pese embora as notícias em que têm sido protagonistas.
"Claro que estou confiante", respondeu Tomás Correia quando questionado pelos jornalistas esta segunda-feira, 26 de Fevereiro, sobre as notícias em torno de Francisco Fonseca da Silva e Nuno Mota Pinto, nomes propostos para a caixa económica detida, a 100%, pela associação.
Nuno Mota Pinto é o nome sugerido pela mutualista para presidente executivo da caixa económica, sendo que houve conselheiros da associação que levantaram dúvidas sobre o nome por ter tido, até Dezembro de 2017, dívidas à banca nacional.
Já Francisco Fonseca da Silva, candidato a presidente da administração da caixa económica, tem empresas que são clientes, em 2,2 milhões de euros, da instituição financeira, o que poderá trazer problemas na avaliação de conflitos de interesse.
"Deixemos que o regulador faça o seu trabalho, analise e decida. Depois, cá estamos para conversar", frisou Tomás Correia, à margem de uma conferência de discussão sobre um banco da economia social, que teve lugar no ISCTE, em Lisboa.
Neste momento, o Banco de Portugal segue a avaliação da idoneidade e da adequação dos nomes propostos para os órgãos sociais do Montepio sendo que, contudo, para se efectivarem é necessária a modificação dos estatutos para a criação de um conselho de administração, de onde emanará a comissão executiva. Estatutos que, segundo Tomás Correia, já tiveram aval do supervisor. Quando é que haverá assembleia-geral para ratificar esses estatutos é que não se sabe: "A seu tempo haverá assembleia-geral". "Não vale a pena termos pressa".