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Tesouro britânico começa a vender posição no LLoyds
Governo pretende alienar participação avaliada pelo mercado em 3,3 mil milhões de libras (3,9 mil milhões de euros), começando a realizar lucros com o resgate do banco britânico, agora liderado por Horta-Osório.
O Tesouro britânico anunciou esta tarde que vai colocar à venda 4,28 mil milhões de acções do LLoyds, junto de gestores de activos, no primeiro processo de venda desde que gastou 20 mil milhões de libras (23,8 mil milhões de euros) no resgate do banco.
O anúncio foi feito precisamente cinco anos depois da falência do Lehman Brothers, evento que despoletou a crise financeira que deu origem ao resgate de vários bancos mundiais por parte dos Governos.
Com esta venda, o Tesouro britânico reduzirá a posição no LLoys de 38,7% para 32,7%. E fará lucro com a venda, já que as acções do banco liderado por Horta-Osório estão a negociar em bolsa a 77,4 pence, acima dos 61 pence a que o Governo diz que representa a cotação a partir da qual a venda das acções é rentável para os contribuintes britânicos.
Este ano as acções do Lloyds já subiram 61%, com os investidores agradados com o regresso aos lucros do banco (1,56 mil milhões de libras no primeiro semestre). Esta será a maior operação e venda de activos relacionados com os resgates que efectuou durante a crise financeira. No Royal Bank of Scotland gastou 45,5 mil milhões de libras (54,3 mil milhões de euros), detendo uma posição de 81%.
“Congratulo-me com o facto de o Governo ter sido capaz de iniciar o processo de venda da sua posição, dando aos contribuintes a oportunidade de recuperarem o seu dinheiro”, refere Horta Osório num comunicado, acrescentando que “tal reflecte o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos que tornou o LLoyds um banco seguro e rentável, que está focado do apoio à economia britânica”.