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Seis respostas para as suas dúvidas sobre a Caixa
Que desvio é esse de 3.000 milhões que o ministro das Finanças diz haver na CGD? Será que há problemas no banco do Estado? Se tem estas e outras dúvidas em relação à Caixa, eis algumas respostas.
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O dinheiro depositado na CGD está seguro?
Está. Além de a Caixa cumprir as exigências de solidez e liquidez a que está sujeita, sendo o banco do Estado, não é expectável que, mesmo num cenário de dificuldades financeiras da CGD, os depositantes viessem a ser penalizados. Aliás, mesmo em bancos controlados por investidores privados, tem havido a preocupação do Governo de, havendo problemas, salvaguardar os depósitos. Além disso, independentemente de qualquer decisão política, em caso de dificuldades – seja na Caixa ou em qualquer outra instituição financeira –, os depósitos até 100 mil euros estão protegidos.
A Caixa vive dificuldades financeiras?
A Caixa cumpre todas as exigências de solidez e liquidez a que está obrigada, não apresentando problemas financeiros nestas frentes. A maior dificuldade do banco do Estado tem sido gerar resultados positivos. Devido às taxas de juro negativas, à fraca procura de crédito e a perdas com crédito malparado, a CGD tem tido resultados negativos.
Há um buraco na CGD?
Uma vez que a CGD cumpre todas as exigências de solidez a que está sujeita, não há qualquer buraco na instituição. Mesmo depois de cinco anos consecutivos de prejuízos, a instituição tem tido capital para absorver esse impacto negativo. Parte da carteira de crédito está em situação de incumprimento, como acontece na generalidade dos bancos e, em grande medida, resulta da crise económica dos últimos anos. Por outro lado, o nível de provisões representa mais de metade do valor desses financiamentos que, de forma geral, estão garantidos por colaterais. Assim, também não se pode dizer que haja buracos nesta carteira.
O que leva Mário Centeno a falar num desvio de 3.000 milhões?
O desvio de 3.000 milhões de euros a que se refere o ministro das Finanças corresponde à diferença entre as metas previstas no plano de reestruturação elaborado pela CGD em 2012 e a execução deste programa até ao final do ano passado. Está em causa, sobretudo, o facto de o banco ter registado menos proveitos do que tinha previsto e ter tido de contabilizar mais imparidades para crédito malparado.
Por que razão é necessária uma injecção que pode chegar a 5.000 milhões?
Apesar de cumprir os requisitos de solidez, a Caixa necessita de mais capital para ficar com maior folga e também para fazer face às novas exigências que vão surgir. Com uma maior almofada de solidez, a instituição estará mais preparada para acomodar o impacto negativo de situações inesperadas. Mesmo que estes problemas não surjam, há a preocupação de mostrar que a CGD tem condições para absorver choques futuros, daí que parte do capital se destine ao reforço de provisões para malparado. Além disso, o banco precisa de mais capital para fazer face aos custos de reestruturação, processo que pretende tornar o banco mais eficiente e, por isso, em melhores condições de voltar a dar resultados positivos.
Porque se fala na saída de 2.500 trabalhadores?
A redução do número de trabalhadores será uma das traves-mestras do plano de reestruturação da Caixa e será concretizada através de um plano de reformas antecipadas. O corte de pessoal pretende adaptar a estrutura do banco ao negócio bancário que existe em Portugal, o que exige também o encerramento de mais balcões. Além disso, o banco precisa de se ajustar ao facto de os clientes recorrerem cada vez mais a meios electrónicos na sua relação com os bancos. O número de 2.500 trabalhadores surge com base no esforço de redução de colaboradores dos bancos concorrentes e serviu de referência para calcular os custos de reestruturação que terão de ser cobertos pelo aumento de capital a realizar ainda este ano. No entanto, no final da reestruturação, poderá haver um número menor de saídas.
Está. Além de a Caixa cumprir as exigências de solidez e liquidez a que está sujeita, sendo o banco do Estado, não é expectável que, mesmo num cenário de dificuldades financeiras da CGD, os depositantes viessem a ser penalizados. Aliás, mesmo em bancos controlados por investidores privados, tem havido a preocupação do Governo de, havendo problemas, salvaguardar os depósitos. Além disso, independentemente de qualquer decisão política, em caso de dificuldades – seja na Caixa ou em qualquer outra instituição financeira –, os depósitos até 100 mil euros estão protegidos.
A Caixa vive dificuldades financeiras?
A Caixa cumpre todas as exigências de solidez e liquidez a que está obrigada, não apresentando problemas financeiros nestas frentes. A maior dificuldade do banco do Estado tem sido gerar resultados positivos. Devido às taxas de juro negativas, à fraca procura de crédito e a perdas com crédito malparado, a CGD tem tido resultados negativos.
Uma vez que a CGD cumpre todas as exigências de solidez a que está sujeita, não há qualquer buraco na instituição. Mesmo depois de cinco anos consecutivos de prejuízos, a instituição tem tido capital para absorver esse impacto negativo. Parte da carteira de crédito está em situação de incumprimento, como acontece na generalidade dos bancos e, em grande medida, resulta da crise económica dos últimos anos. Por outro lado, o nível de provisões representa mais de metade do valor desses financiamentos que, de forma geral, estão garantidos por colaterais. Assim, também não se pode dizer que haja buracos nesta carteira.
O que leva Mário Centeno a falar num desvio de 3.000 milhões?
O desvio de 3.000 milhões de euros a que se refere o ministro das Finanças corresponde à diferença entre as metas previstas no plano de reestruturação elaborado pela CGD em 2012 e a execução deste programa até ao final do ano passado. Está em causa, sobretudo, o facto de o banco ter registado menos proveitos do que tinha previsto e ter tido de contabilizar mais imparidades para crédito malparado.
Por que razão é necessária uma injecção que pode chegar a 5.000 milhões?
Apesar de cumprir os requisitos de solidez, a Caixa necessita de mais capital para ficar com maior folga e também para fazer face às novas exigências que vão surgir. Com uma maior almofada de solidez, a instituição estará mais preparada para acomodar o impacto negativo de situações inesperadas. Mesmo que estes problemas não surjam, há a preocupação de mostrar que a CGD tem condições para absorver choques futuros, daí que parte do capital se destine ao reforço de provisões para malparado. Além disso, o banco precisa de mais capital para fazer face aos custos de reestruturação, processo que pretende tornar o banco mais eficiente e, por isso, em melhores condições de voltar a dar resultados positivos.
Porque se fala na saída de 2.500 trabalhadores?
A redução do número de trabalhadores será uma das traves-mestras do plano de reestruturação da Caixa e será concretizada através de um plano de reformas antecipadas. O corte de pessoal pretende adaptar a estrutura do banco ao negócio bancário que existe em Portugal, o que exige também o encerramento de mais balcões. Além disso, o banco precisa de se ajustar ao facto de os clientes recorrerem cada vez mais a meios electrónicos na sua relação com os bancos. O número de 2.500 trabalhadores surge com base no esforço de redução de colaboradores dos bancos concorrentes e serviu de referência para calcular os custos de reestruturação que terão de ser cobertos pelo aumento de capital a realizar ainda este ano. No entanto, no final da reestruturação, poderá haver um número menor de saídas.