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Se NB receber 430 milhões este ano ainda poderá pedir 100 milhões no próximo ano

A revelação foi feita por António Ramalho, CEO do Novo Banco, no Parlamento. Ainda assim, o gestor alerta que há vários fatores que podem condicionar as chamadas de capital.

Pedro Catarino
19 de Maio de 2021 às 10:11
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Se o "cheque" que o Fundo de Resolução passar este ano ao Novo Banco for de 430 milhões, como é previsto, o banco ainda poderá pedir mais 100 milhões de euros no próximo ano, com base nas contas de 2021. A revelação foi feita esta quarta-feira por António Ramalho, CEO do Novo Banco, no Parlamento. 

O gestor está a ser ouvido na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco, esta quarta-feira, 19 de maio. Questionado pelo deputado do PSD Hugo Carneiro sobre um documento interno do Novo Banco que prevê nova chamada de capital em 2021, Ramalho disse que "não se pode fazer referência à previsão para o próximo ano porque há a discrepância entre os 598 milhões de euros pedidos pelo Novo Banco" e os 166 milhões que o Fundo de Resolução está a contestar. 

Por isso, a injeção do próximo ano "ainda é uma incógnita". Ainda assim, o presidente executivo do Novo Banco indicou que se a instituição financeira receber apenas 430 milhões de euros, face a 2020, então ainda poderá haver um pedido de injeção de 100 milhões de euros. 

"Num cenário de 430 milhões, isso pode acontecer. (…) Seria uma 'call' [chamada de capital] na volta dos 100 e qualquer milhões que eventualmente poderia surgir", referiu aos deputados. 

No entanto, "o capital tem flutuações que não conseguimos determinar", salientou. Além disso, "há muitas coisas que estão a ser negociadas", nomeadamente fundos de reestruturação e a venda de ativos. 

"Penso que as chamadas de capital após a deste ano são muito pouco prováveis", afirmou Mário Centeno, esta terça-feira, 18 de maio, na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco.

Também o presidente da Nani Holdings, a entidade que representa a Lone Star no capital do Novo Banco, disse, na semana passada, no Parlamento, que assume que "não haverá mais pedidos de capital". 
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