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Santander termina integração informática do Popular dez meses após a compra
Os sistemas do Popular deixaram de existir. Houve já a integração no universo do Santander.
O Santander Totta concluiu a integração informática do Popular Portugal, dez meses depois de ter feito a aquisição. Acaba assim a distinção entre clientes de cada uma das instituições.
"A integração tecnológica da rede ex-Banco Popular Portugal no ambiente Santander ficou concluída com sucesso durante o fim-de-semana", conta o banco em comunicado enviado às redacções.
Com a passagem do universo tecnológico do Popular para o Santander, deixa de haver diferença entre os clientes. "A partir deste momento, deixa de existir qualquer distinção operativa entre clientes, e todos os serviços passam a ser assegurados através dos sistemas Santander, numa integração plena dos dois universos", afirma o banco.
A integração do Popular Portugal pelo Santander Totta (que vai passar a ter a sua denominação como Santander Portugal) ocorreu em Dezembro do ano passado, depois de a resolução aplicada ao espanhol Popular, em Junho de 2017, o ter levado para o grupo bancário presidido por Ana Botín. A compra do Popular pelo Santander foi por um euro, sendo que a passagem do Popular Portugal para o Santander Totta acabou por ter um preço de referência de 554 milhões de euros.
Depois da integração formal do Popular Portugal no Santander Totta, começou a ser tratada a integração operacional e tecnológica. "A operação de integração tecnológica começou a ser executada em Abril deste ano", revela o banco presidido por António Vieira Monteiro. Desde Julho, houve preparação da migração dos sistemas e, este fim-de-semana, foi concretizada. O banco diz que a operação envolveu mais de mil pessoas.
No projecto de fusão, o Santander já assumia que iria promover a "harmonização de sistemas e de procedimentos" entre as duas instituições, visando também a "criação de sinergias e economias de escala". O objectivo também passava pela concentração de "todas as actividades sob uma única marca e num único banco, assim potenciando uma maior racionalização dos recursos disponíveis", não só recursos humanos, mas também "administrativos e financeiros".
O banco diz que não recorre aos despedimentos, mas tem vindo a proceder a uma redução dos trabalhadores por via de acordos de rescisão e reformas, acompanhando o fecho de balcões. Com a integração, subiu de 585, em Junho de 2017, para 670, em Dezembro, sendo que já tinha fechado oito agências nos primeiros seis meses deste ano.