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Santander rejeita fusões na banca em prol de negócios nas tecnologias

A chairman do Santander descarta o interesse da entidade que lidera em acompanhar a onda de fusões e aquisições que se vive em Espanha.

#12 - Ana Botín
Juan Medina
Negócios 17 de Novembro de 2020 às 18:58
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O Banco Santander não tem qualquer interesse, neste momento, nas tradicionais fusões e aquisições da banca, declarou a presidente do conselho de administração do banco espanhol, Ana Botín, num painel do Fórum Nova Economia da Bloomberg.

 

A chairman do Santander descarta assim o interesse da entidade que lidera em acompanhar a onda de fusões e aquisições que se vive em Espanha. Com efeito, depois da fusão entre o CaixaBank e o Bankia, está à vista uma nova mega operação entre dois dos maiores bancos espanhóis.

 

A imprensa espanhola avançou ontem ao final da tarde que o BBVA e o Sabadell estavam a estudar uma união e aquele que é o segundo maior banco espanhol confirmou esse cenário.

 

Além disso, o Unicaja e o Liberbank estão também em conversações para criarem a quinta maior instituição de crédito de Espanha.

 

Os bancos espanhóis estão assim na frente da onda de consolidação que se espera no mercado bancário europeu, que deverá acelerar com a crise provocada pela pandemia e que está a ser incentivada pelos reguladores.

 

Mas Ana Botín está mais interessada nas tecnologias. Ainda hoje o banco espanhol, com presença em Portugal, anunciou ter chegado a acordo com o administrador de insolvência da Wirecard para comprar os ativos ‘core’ da empresa germânica na Europa. Em causa estão ativos tecnológicos relacionados com as operações de pagamentos eletrónicos.

 

Segundo a "chairman" do Santander, o banco que lidera está mais inclinado a prosseguir com aquisições na área tecnológica, tal como sucedeu com os ativos da Wirecard. E tem planos para proceder a uma fusão do Openbank – banco digital do Santander – com a sua unidade de crédito ao consumidor e juntar as suas plataformas de pagamento para criar uma única unidade capaz de competir com gigantes do mundo digital.

 

"Não estamos a trabalhar em nenhuma, digamos, consolidação bancária tradicional", afirmou, citada pela Bloomberg. "Não achamos que seja o rumo certo para nós neste momento. Estamos muito mais inclinados a continuar a comprar plataformas tecnológicas ou a proceder a aquisições que complementam os nossos serviços".

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