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Santander aumenta lucros para 7,8 mil milhões em 2018

O banco fechou o ano de 2018 com um lucro de 7.810 milhões de euros. Para este resultado, a atividade do Santander em Portugal contribuiu com 500 milhões de euros.

Fernando Villar/EPA
30 de Janeiro de 2019 às 08:22
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O espanhol Santander fechou o ano de 2018 com um lucro de 7.810 milhões de euros, o que representa um aumento de 18% em comparação com o ano anterior. Para este resultado, o Santander Portugal contribuiu com 500 milhões de euros.

 

Para a presidente do grupo, Ana Botín, foi "um ano excelente", com o aumento do número de clientes a ser "fundamental" para o resultado. O Santander vinculou 2,6 milhões de clientes neste período.

 

O Banco Santander refere ainda que a margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) cresceu 0,1% para 34.341 milhões de euros no ano passado.

 

Também os rácios de capital registaram uma melhoria. O rácio de capital CET1 "fully loaded" era de 11,30% a 31 de dezembro de 2018, o que contrasta com os 10,84% de um ano antes. O banco superou, assim, o objetivo de 11% fixado para o ano passado, graças à "forte geração orgânica de capital".

 

Em Portugal, a contribuição para o resultado foi de cerca de 500 milhões de euros, mais 15% do que em 2017, um resultado conseguido à boleia da "melhoria da eficiência e da boa evolução da qualidade do crédito". Este valor não representa o lucro da atividade em Portugal, cujos números ainda serão divulgados.

 

A apresentação dos resultados acontece numa altura em que o banco pode vir a enfrentar um processo na justiça por ter decidido voltar atrás na sua decisão de contratar Andrea Orcel para o cargo de CEO. Isto depois de se ter apercebido que teria de pagar 50 milhões de euros para compensar a sua saída do UBS.

 

De acordo com o Financial Times, o gestor abordou vários advogados em Espanha, devendo alegar que houve uma violação do contrato assinado com o banco liderado por Ana Botín.

 

O antigo responsável pela banca de investimento do UBS "acredita ter um caso forte", refere uma das fontes contactadas pelo jornal, porque recebeu um contrato do Santander no qual o banco espanhol concordou com um pacote avaliado em 50 milhões de euros. Um valor que fica muito acima do que era previsto pelo banco.

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