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Salgado: "Não contribui" para escolha de Pinho para ministro de Sócrates
"Não contribui absolutamente com nada para que ele fosse para ministro", assegurou Ricardo Salgado na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
Ricardo Salgado nega qualquer intervenção na nomeação de Manuel Pinho como ministro da Economia do Governo de José Sócrates. "Não contribui para isso com nada", disse o antigo presidente do Banco Espírito Santo.
"Não contribui absolutamente com nada para que ele fosse para ministro", reiterou Salgado, dizendo que, em 2005, foram "ilustres membros do Partido Socialista" que fizeram o convite a Pinho. Manuel Pinho, que era funcionário do BES, esteve em funções governativas até 2009.
"Manuel Pinho resolveu ter uma opção política. Julgo que, como ministro da Economia, teve coisas muito positivas", disse Salgado na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
Sobre Pinho, Salgado afirmou ainda que é um "homem muito inteligente e que prestou grandes serviços no tempo em que esteve no banco". "Era um bom financeiro", disse.
No livro "O Último Banqueiro", das jornalistas do Negócios Maria João Babo e Maria João Gago, é escrito que Pinho havia telefonado a Salgado para lhe falar do convite para integrar um Governo de Sócrates. "Não nos queremos meter em política", terá respondido Salgado. Pouco depois, Salgado terá retomado o contacto para inverter a sua posição.