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Ricciardi: "Sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo realizar-se-á pela vontade colectiva dos accionistas"

José Maria Ricciardi assinala que a sua disponibilidade "para corresponder às exigências da boa 'governance' do grupo e aos desafios que o futuro reclama" para o GES se mantém "sem quaisquer reservas".

23.º - José Maria Ricciardi 
Saiu do top-20 este ano, após mediatização de casos de Justiça e de menos negócios no BESI.
Bruno Simão/Negócios
09 de Novembro de 2013 às 14:18
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José Maria Ricciardi, membro do conselho superior do Grupo Espírito Santo, sublinhou hoje, em comunicado, que a sucessão de Ricardo Salgado na liderança do Banco Espírito Santo (BES) será decidida pelos acionistas e não por nenhuma indicação individual.

 

"A sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo realizar-se-á não por decisão ou sequer recomendação individual, mas sim pela vontade coletiva dos acionistas manifestada em sede própria", lê-se no referido comunicado.

 

Ricciardi, em resposta às informações publicadas na imprensa sobre a indefinição quanto à sua continuidade no Grupo Espírito Santo, diz que a sua disponibilidade "para corresponder às exigências da boa 'governance' do grupo e aos desafios que o futuro reclama" se mantém "sem quaisquer reservas".

No mesmo comunicado, Ricciardi esclarece que "por ora" são apenas estas as informações que pretende acrescentar ao comunicado que havia enviado na sexta-feira.

 

Nesse comunicado, Ricciardi, confirmou que não tinha dado o voto de confiança pedido pelo presidente do BES, Ricardo Salgado, para a sua continuação à frente do grupo.

 

Uma reação que surgiu depois de o Jornal de Negócios ter noticiado, também na sexta-feira, ter havido uma tentativa de "´golpe de Estado'” no BES, mas que a mesma havia fracassado, dando conta que o presidente executivo do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), José Maria Ricciardi tinha avançado com "iniciativa para precipitar a saída de Ricardo Salgado".

 

No comunicado de sexta-feira, Ricciardi esclareceu que "não corresponde à verdade a tentativa de golpe de Estado gorada atribuída à sua pessoa" e confirmou que "na sua qualidade de acionista do grupo, limitou-se a não dar ao Dr. Ricardo Salgado um voto de confiança por ele solicitado para continuar a liderar os interesses do grupo", por razões que "se dispensa de revelar".

 

José Maria Ricciardi sublinhou ainda que "sobre os acionistas do grupo não impende o dever de lealdade institucional".

 

 
Comunicado de Ricciardi

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi accionista e membro do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo vem, face aos comentários e especulações noticiadas, acrescentar por ora à sua anterior declaração apenas o seguinte:

1)      A sucessão na liderança do Grupo Espírito Santo realizar-se-á não por decisão ou sequer recomendação individual, mas sim pela vontade colectiva dos accionistas manifestada em sede própria.

2)      A sua disponibilidade para corresponder às exigências da boa “governance”  do grupo e aos desafios que o futuro reclama, mantem-se sem quaisquer reservas.

 

Lisboa, 9 de Novembro de 2013

 

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi
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