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Ricardo Salgado abandona administração do ESFG. Entra Caetano Beirão da Veiga

Ricardo Salgado, José Manuel Espírito Santo Silva e Gherardo Petracchini vão abandonar a administração da Espírito Santo Financial Group com efeitos imediatos. É cooptado Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga, único membro da família que está, actualmente, na gestão do grupo.

Miguel Baltazar/Negócios
Negócios 03 de Setembro de 2014 às 17:18
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O Espírito Santo Financial Group, actualmente sob gestão controlada no Luxemburgo, anunciou esta quarta-feira, 3 de Setembro, que o presidente do Conselho de Administração, Ricardo Salgado, o vice-presidente, José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva, e o director, Gherardo Laffineur Petracchini, vão abandonar funções com efeitos imediatos.

 

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a holding esclarece que o actual presidente executivo, Roger H. Hartmann, vai também acumular as funções de presidente do conselho de administração.

 

A holding cooptou para director Caetano Espírito Santo Beirão da Veiga, actual gestor do Grupo Espírito Santo e o único membro da família que desempenha, actualmente, funções na gestão do grupo.  

 

Numa entrevista concedida há menos de duas semanas ao semanário Expresso, Beirão da Veiga, que integrou a gestão do GES em Maio deste ano, já durante o processo de insolvência do grupo familiar, defendeu que a maior parte da família "não tem qualquer relação com o GES", aproveitando ainda para pedir "desculpa pelas insuficiências" verificadas na gestão e controlo do grupo.

 

Aquele que é actualmente o único representante dos Espírito Santo no GES reconheceu que a situação no grupo é "gravíssima", lamentando que tenha havido "centralização a mais" e "escrutínio a menos", uma crítica que parece apontar para uma gestão demasiadamente centralizada na figura de Ricardo Salgado.

 

"Verificou-se um afastamento dos valores essenciais do grupo: rigor, competência e transparência", lamentou Beirão da Veiga que se mostra consciente de que "pedir desculpa não resolve".

 

Ainda assim, no testemunho prestado ao Expresso, Beirão da Veiga assumiu que agora o objectivo central da sua actuação, bem como dos seus colaboradores, passa pela "reestruturação das empresas operacionais" por forma a que estas se afirmem "mais apetecíveis para potenciais investidores".

 

O agora gestor do GES, que construiu toda a carreira profissional afastado das empresas da família Espírito Santo, admitiu ainda que as necessidades de reestruturação acabarão por ditar uma redução de colaboradores. "Isso é inevitável", concluiu.

 

(Notícia actualizada às 17h35 com informação sobre a entrevista dada por Beirão da Veiga)

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