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Reino Unido deve anunciar saída do Lloyds ainda este mês
O ministro da Finanças britânico deverá anunciar ainda este mês a venda dos 39% de ações que o Estado detém no Lloyds, oferecendo aos contribuintes a possibilidade de comprarem as acções com um desconto face ao preço de mercado.
De acordo com o jornal The Times, citado pela agência financeira Bloomberg, o plano de George Osborne, que deverá ser apresentado num discurso na residência oficial do presidente da câmara ('mayor') de Londres, deverá ser precedido da divulgação de um estudo pela Policy Exchange, um instituto de pesquisa ('think tank'), que favorece esta opção.
De acordo com o The Times, as acções detidas pelo Governo britânico valem mais de 20 mil milhões de euros, não estando ainda definido se as acções serão vendidas numa só operação ou se será um processo faseado.
Depois desta operação, o Royal Bank of Scotland, no qual o Executivo também foi obrigado a intervir no início da crise financeira que deflagrou nos Estados Unidos em 2007, poderá seguir-se.
O Lloyds Banking Group, a segunda maior instituição financeira do Reino Unido, e liderado pelo português Horta-Osório, foi parcialmente nacionalizado em 2008, recebendo do Estado 23,2 mil milhões de euros, e apresentou um lucro de 1.525 milhões de libras (1.769 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, devido, em parte, ao controlo de custos.
Nos três primeiros meses de 2012, o banco liderado pelo português Horta Osório teve um prejuízo de 5 milhões de libras (5,8 milhões de euros), avançou a instituição financeira num comunicado.
A nota do Lloyds assinala ainda que o resultado bruto obtido nos três primeiros meses deste ano atingiu os 2.040 milhões de libras (2.366 milhões de euros), contra os 280 milhões de libras (324 milhões de euros) alcançados no primeiro trimestre do ano passado.
As receitas totais atingiram 17.609 milhões de libras (28.174 milhões de euros) nos três primeiros meses deste ano, mais 66% face ao mesmo período de 2012.
De acordo com o banco, o lucro alcançado no período em apreço foi possível graças "à subida dos recursos e à contínua melhoria dos custos".