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Redução dos balcões e caixas Multibanco pode penalizar 24 freguesias
O Banco de Portugal admite, num estudo, que a redução do número de caixas automáticas e balcões "possa vir, em breve, a colocar dificuldades no acesso a numerário" para 24 freguesias.
"Embora o número de agências bancárias e o número de caixas automáticos em Portugal tenham diminuído, respetivamente, 40% e 20% na última década e se reconheça a dificuldade que uma distância de 17 quilómetros possa representar para a população visada, os resultados do estudo agora publicado permitem concluir que as redes de caixas automáticos e balcões continuam a proporcionar uma ampla cobertura do território nacional em termos de distribuição de numerário", refere o BdP.
São freguesias dos municípios de Chaves (1), Vinhais (8), Miranda do Douro (1), Mogadouro (7), Idanha-a-Nova (1), Ourique (1), Mértola (4) e Alcoutim (1), revela o BdP, afirmando que se estas encontram "atualmente a mais de 15 quilómetros do ponto de acesso a numerário mais próximo ou, encontrando-se a mais de 10 quilómetros, pertencem a municípios onde cada caixa automático serve, em média, mais de 100 quilómetros quadrados de território".
De acordo com o estudo, 78% da população em Portugal dispõe de uma caixa automática ou de um balcão a menos de um quilómetro da freguesia de residência e 98% a menos de 5 quilómetros. Em média, uma freguesia sem caixa automática ou balcão dista 3 quilómetros da caixa automática ou balcão mais próximo. A distância máxima identificada entre uma freguesia e o ponto de acesso a numerário mais próximo é de 17 quilómetros, em linha reta.
Regulador quer resposta para salvaguardar acesso
Neste sentido, o BdP diz "ser necessário estruturar, desde já, uma resposta que permita salvaguardar o acesso da população a notas e moedas, dado que o numerário continua a ser o instrumento de pagamento mais usado em Portugal".
Mesmo com a pandemia, e apesar da forte quebra registada nos levantamentos, a circulação de notas em Portugal aumentou, refere o regulador.
"Sem prejuízo de essa estratégia prever a realização de iniciativas de literacia financeira para promover o acesso a outros meios de pagamento e a canais bancários alternativos, o Banco de Portugal, mantendo a posição de neutralidade perante os diferentes instrumentos de pagamento, ponderará a utilização de ferramentas para mitigar os previsíveis efeitos decorrentes da existência de pontos de estrangulamento na rede de distribuição de numerário", remata.