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Público: Governo recusa pagar "swaps" e abre guerra ao Santander

O Ministério das Finanças alega que a sentença que obriga as empresas públicas a pagarem ao banco espanhol não é aplicável em Portugal, por ter sido decidida por um tribunal em Londres.

Mário Centeno - Finanças: O coordenador do programa eleitoral do PS, quadro do Banco de Portugal, onde foi vice-director de Departamento de Investigação, mantém a tradição de elevada notoriedade para os ministros das Finanças e é mesmo aquele de que os portugueses mais se lembram em primeiro lugar (22,6%). Colocando numa balança as notas que foram atribuídas na sondagem a este doutorado em Harvard, conclui-se que é considerado o melhor ministro (15,9%), embora também seja o segundo com pior avaliação (9,6%).
Bruno simão
12 de Abril de 2016 às 09:15
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O Estado não aceita a decisão de um tribunal britânico, que considerou que os "swaps" do Santander eram válidos e quer que a decisão seja validada em Portugal.


Segundo o Público desta terça-feira, 12 de Abril, o Ministério das Finanças considera que a sentença do juiz William Blair "não é executável em Portugal", sendo que o tribunal britânico decidiu que as empresas públicas nacionais têm até 22 de Abril para pagar 320 milhões de euros em dívida.


No entanto, tendo em conta esta interpretação, o Santander pode avançar de imediato com a liquidação de todos os contratos, no valor de 1,8 mil milhões de euros.


Recorde-se que em causa está uma série de contratos assinados entre empresas públicas portuguesas e o Santander, nomeadamente para proteger contra a subida das taxas de juro, cenário que acabou por não acontecer, prejudicando as sociedades nacionais. O Estado, num processo iniciado no governo anterior tentou resolver a situação, mas não chegou a acordo com o Santander.


A tutela de Mário Centeno referiu que "a execução de uma sentença estrangeira carece de reconhecimento por um tribunal português" salientando que "esta sentença não é executável em Portugal, nos termos do quadro legal aplicável".


Esta interpretação não é consensual e há juristas que defendem que a decisão, por ter sido tomada num tribunal de um país europeu, não precisa de validação em Portugal.  Caso o processo fosse avaliado em Portugal, as empresas públicas poderiam alegar que tinha ocorrido uma alteração anormal de circunstâncias, que fizeram com que o encargo com juros subisse até aos 70%, segundo o Público. 

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