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PSD acusa Constâncio de "fugir ao escrutínio democrático"
Carlos Abreu Amorim adianta que vai fazer todos os esforços para que Constâncio reconsidere a sua posição. O deputado acrescenta que quer pôr o Parlamento Europeu a trabalhar sobre o tema.
Vítor Constâncio voltou a dizer que não responde perante o Parlamento português. O PSD voltou às acusações. Com a oficialização da recusa do vice-presidente do Banco Central Europeu a prestar esclarecimentos em Lisboa, o deputado social-democrata Carlos Abreu Amorim acusa-o de "fugir" às perguntas.
"Vítor Constâncio não quer elucidar as dúvidas. Quer fugir ao escrutínio democrático do Parlamento português", defendeu o deputado que coordena o grupo parlamentar social-democrata no inquérito ao Banif.
Mau serviço de Constâncio ao BCE
Na sua declaração aos jornalistas, no Parlamento, o deputado do PSD considerou "verdadeiramente lamentável" a resposta de Vítor Constâncio aos deputados. "No momento em que se fala do afastamento dos cidadãos das instituições europeias, em que o prestígio das instituições decai, o dr. Vítor Constâncio está a prestar um mau serviço às instituições europeias".
Carlos Abreu Amorim acredita que o vice-presidente do BCE poderá reconsiderar a sua posição e aceitar prestar esclarecimentos ao Parlamento. No entanto, também admite que "existem outros meios, através do Parlamento Europeu", em que "envidará todos os esforços" para chegar à "verdade".
Na declaração aos jornalistas, o deputado do PSD lembrou o e-mail em que Danièle Nouy, líder do Mecanismo Único de Supervisão (que junta BCE e autoridades nacionais), escreve que Vítor Constâncio lhe havia pedido para convencer a Comissão Europeia a desbloquear a venda do Banif. Na missiva enviada a 3 de Maio para o inquérito parlamentar, o vice-presidente do BCE afirmou não ter participado em qualquer reunião ou ter tido acesso a documentos relativos ao Banif.