Notícia
Provisões de 163 milhões cortam lucro semestral do Abanca para metade
Os lucros do grupo espanhol caíram em quase 47%, totalizando 133 milhões de euros no primeiro semestre. A operação em Portugal responde por 8,4% deste montante.
O Abanca registou um resultado líquido de 133 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, valor que representa uma quebra de quase 47% em relação aos lucros de 250 milhões que tinham sido registados em igual período do ano passado. A penalizar as contas do grupo espanhol estiveram as provisões de 163 milhões de euros constituídas neste período, para dar resposta ao impacto da pandemia. A operação em Portugal respondeu por mais de 8% dos resultados do grupo.
"O resultado obtido pelo banco no primeiro semestre evidencia a capacidade de geração de rentabilidade do Abanca, apesar do foco no reforço de provisões", refere o banco, em comunicado emitido esta segunda-feira, 3 de agosto.
A justificar os lucros, apesar do reforço das provisões, está o crescimento de 15% da margem financeira, bem como uma umento de 12,8% do volume de negócios, que ascendeu a 88.693 milhões de euros.
No primeiro semestre, a carteira de crédito cresceu 15,6%, num período em que o Abanca disponibilizou financiamento no âmbito de linhas de crédito garantidas pelo Estado, e passou a totalizar 37.944 milhões de euros. Já a captação de recursos subiu em 11,6% e fixou-se em 49.662 milhões de euros, com os depósitos de clientes a crescerem 5 mil milhões no período em análise, o equivalente a uma subida de 15,3%.
Num período marcado por um reforço significativo das provisões, o rácio de capital CET1 reduziu-se de 13,6% no primeiro semestre de 2019 para 13% no final de junho deste ano. Ainda assim, o rácio de capital total cresceu para de 15,3% para 16% no mesmo período.
Portugal é "aposta estratégica"
Em Portugal, onde o Abanca reforçou a presença no ano passado, com a compra da operação do Deutsche Bank no país, o grupo espanhol também viu o negócio crescer. A operação em Portugal respondeu por 8,4% dos lucros do primeiro semestre, com o banco a destacar o aumento dos clientes digitais e dos fundos de investimento.
Questionado sobre se mantém o interesse no EuroBic, tal como foi noticiado pelo Eco, o presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet, lembrou que foi o preço que ditou a desistência desta operação e não adianta mais pormenores sobre a mesma. Contudo, garante estar atento a novas oportunidades de aquisição em Portugal.
"Portugal é uma aposta estratégica do Abanca. É absolutamente relevante para o nosso posicionamento ibérico e seguimos com muitíssimo interesse o que está a acontecer no mercado português. Vamos olhar com todo o interesse para qualquer alternativa que se apresente", disse, durante a apresentação de resultados do banco.
Notícia atualizada pela última vez às 11h45 com mais informação.
"O resultado obtido pelo banco no primeiro semestre evidencia a capacidade de geração de rentabilidade do Abanca, apesar do foco no reforço de provisões", refere o banco, em comunicado emitido esta segunda-feira, 3 de agosto.
No primeiro semestre, a carteira de crédito cresceu 15,6%, num período em que o Abanca disponibilizou financiamento no âmbito de linhas de crédito garantidas pelo Estado, e passou a totalizar 37.944 milhões de euros. Já a captação de recursos subiu em 11,6% e fixou-se em 49.662 milhões de euros, com os depósitos de clientes a crescerem 5 mil milhões no período em análise, o equivalente a uma subida de 15,3%.
Num período marcado por um reforço significativo das provisões, o rácio de capital CET1 reduziu-se de 13,6% no primeiro semestre de 2019 para 13% no final de junho deste ano. Ainda assim, o rácio de capital total cresceu para de 15,3% para 16% no mesmo período.
Portugal é "aposta estratégica"
Em Portugal, onde o Abanca reforçou a presença no ano passado, com a compra da operação do Deutsche Bank no país, o grupo espanhol também viu o negócio crescer. A operação em Portugal respondeu por 8,4% dos lucros do primeiro semestre, com o banco a destacar o aumento dos clientes digitais e dos fundos de investimento.
Questionado sobre se mantém o interesse no EuroBic, tal como foi noticiado pelo Eco, o presidente do Abanca, Juan Carlos Escotet, lembrou que foi o preço que ditou a desistência desta operação e não adianta mais pormenores sobre a mesma. Contudo, garante estar atento a novas oportunidades de aquisição em Portugal.
"Portugal é uma aposta estratégica do Abanca. É absolutamente relevante para o nosso posicionamento ibérico e seguimos com muitíssimo interesse o que está a acontecer no mercado português. Vamos olhar com todo o interesse para qualquer alternativa que se apresente", disse, durante a apresentação de resultados do banco.
Notícia atualizada pela última vez às 11h45 com mais informação.