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Piratas informáticos que saquearam Banco do Bangladesh preparam novos ataques
Os piratas informáticos que roubaram cerca de 81 milhões de dólares ao banco central do Bangladesh em Fevereiro estão a preparar novos ataques a outras instituições financeiras.
Escreve o Financial Times esta terça-feira, 26 de Abril, que os piratas informáticos que perpetraram um dos maiores rombos da história quando saquearam 81 milhões de dólares ao banco central do Bangladesh se preparam para atacar outras instituições financeiras.
O alerta foi dado pela Swift (Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication), responsável pelas comunicações de transferências financeiras interbancárias, e pelo FireEye, o grupo de ciber-segurança responsável por investigar este caso, que levou à demissão de Atiur Rahman, então governador do banco central do Bangladesh.
Segundo o jornal britânico, a Swift informou esta terça-feira que deu ordem aos clientes que usam o software Alliance Access para fazerem uma actualização obrigatória depois de "atacantes terem comprometido com sucesso" o ecossistema dos bancos.
O FireEye "observou actividades em outras organizações financeiras, provavelmente conduzidas pelos mesmos intervenientes por detrás dos ataques ao banco central de Bangladesh", informou a empresa.
O comunicado do FireEye surge depois da Swift assumir, esta segunda-feira, que estava ao corrente da utilização de software malicioso que visava impedir os bancos de identificar transacções fraudulentas.
A Swift gere um sistema de transacções e tem como clientes cerca de 11 mil bancos em todo o mundo, sendo uma parte vital do sistema financeiro global.
No golpe informático levado a cabo a 4 e 5 de Fevereiro, os piratas infiltraram-se no sistema informático do banco central do Bangladesh e transferiram dinheiro da conta que o banco detinha na Reserva Federal de Nova Iorque para vários casinos nas Filipinas. No total foram roubados 81 milhões de dólares (cerca de 72 milhões de euros ao câmbio actual).
O objectivo inicial era transferir 951 milhões de dólares (845 milhões de euros, ao câmbio actual), mas um erro tipográfico levantou suspeitas e obrigou ao abortar da operação.