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Petróleos de Venezuela reclama 2 mil milhões ao Fundo de Resolução
Depois de o Novo Banco ter solicitado mais de mil milhões ao Fundo de Resolução, é a vez de outros lesados exigirem a quantia que lhes é devida. O representante da petrolífera venezuelana avisa que se o fundo não tiver dinheiro, o Estado pode ter de injetar.
A Petróleos de Venezuela (PDVSA) já concluiu o levantamento do valor a pedir ao Fundo de Resolução, na sequência do colapso do Banco Espírito Santo: são quase 2 mil milhões de euros.
"A PDVSA e as suas filiais portuguesas PDV Europa e Petrovenez Portugal, reclamaram créditos no valor superior a dois mil milhões de euros, no âmbito do processo de liquidação de património do BES", avançou ao Jornal Económico Miguel Matias, advogado da petrolífera venezuelana.
"Vamos ver se o Fundo de Resolução tem dinheiro e se o Estado não tem de injetar mais dinheiro, como já fez no passado", avisa o mesmo representante legal da empresa.
O processo de reclamação que surge quatro anos e meio depois da intervenção no banco que foi liderado por Ricardo Salgado – o último dia do prazo para os lesados reclamarem os seus créditos foi a passada sexta-feira, 8 de março.
O total de 1.970 milhões de euros exigido pela petrolífera é referente à compra de papel comercial e obrigações. Já o montante requerido relativo a contas à ordem é de 37 milhões. O Fundo de Resolução ficou com o compromisso de pagar aos credores comuns 31,7% das perdas do BES.
O Novo Banco, após revelar os prejuízos de 2018, anunciou que iria pedir mais 1,15 mil milhões de euros ao Fundo de Resolução.