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Os obstáculos à venda do Novo Banco

Na segunda tentativa de venda do Novo Banco, algumas das incertezas que penalizaram o processo anterior podem voltar a ser obstáculos. E a instabilidade política também pode dificultar a alienação.

Bruno Simão
29 de Outubro de 2015 às 21:28
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Necessidades de capital
A incerteza sobre as necessidades de capital do Novo Banco, que penalizou as ofertas apresentadas pelos três finalistas à compra da instituição, foi a principal razão para a suspensão do processo. A alienação só será relançada depois de conhecidos os resultados dos testes de stress e as exigências de solidez definidas pelo BCE em função do perfil de risco do NB. Mas a dimensão real das necessidades de capital para o banco pode dificultar o êxito da segunda tentativa de alienação.

Instabilidade política
O ambiente de instabilidade política resultante do resultado das eleições legislativas – o Governo que toma posse esta sexta-feira deverá ser chumbado no Parlamento – pode afastar o interesse de investidores no processo do Novo Banco. Até porque deverá seguir-se um Executivo liderado pelo PS que já admitiu reverter as subconcessões nos transportes públicos de Lisboa e Porto. Para já, apenas o Santander admitiu voltar a olhar para o dossiê quando este for relançado.

Conseguir melhor preço que anteriores
O Banco de Portugal suspendeu o processo de venda do Novo Banco por considerar "não satisfatórias" as propostas finais dos três finalistas (Anbang, Fosun e Apollo). Em causa estariam ofertas que, deduzidos todos os riscos, permitiriam ao Fundo de Resolução encaixar entre 1.500 e 2.000 milhões de euros, um montante bem longe dos 4.900 milhões injectados no Novo Banco. Agora, a referência para avaliar se o preço de venda é bom já não será apenas a proximidade dos 4.900 milhões que o banco recebeu, mas também os preços antes recusados. 

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