Notícia
O super-iate de 34 milhões que caiu no colo do Goldman Sachs
Tinha tudo para ser um empréstimo seguro e com recuperação garantida – um cliente conhecido, com fortuna construída – mas não foi isso que aconteceu. E deixou o Goldman Sachs quase – literalmente – a ver navios.
10 de Agosto de 2017 às 18:43
O caso remonta a 2014, quando o multimilionário do petróleo do Texas, William Kallop, pediu 32 milhões de dólares emprestados ao banco norte-americano dando como garantias dois iates - o Natita e o Bad Girl. Dois anos depois, deixou de pagar o empréstimo e a dívida acumulou. Até chegar o arresto.
Empréstimos como estes, com bens valiosos como garantia, são - conta o The Wall Street Journal - comuns para bancos como o Goldman. É uma forma de fidelizar clientela rica, conhecida e tida como boa pagadora. Nos últimos cinco anos o valor emprestado pelo negócio de banca privada do Goldman quadruplicou para 29 mil milhões de dólares, muitos dos quais estão garantidos por bens de luxo como carros clássicos, violinos raros, obras do artista pop Andy Warhol, do pintor Pablo Picasso ou mesmo colecções de vinhos Bordeaux.
O Natita serviu o propósito: mais de 65 metros de uma embarcação de luxo, com cinema, jacuzzi e heliporto. Uma das pelo menos sete embarcações compradas pelo empresário nos últimos oito anos, onde se contaram o Honey Fitz, usado pelo presidente Kennedy, e o La Diva, que chegou a ser de Ivanka Trump, a filha do actual chefe de Estado dos EUA, mas entretanto destruído num incêndio.
Em 1993, 20 anos depois de entrar na McAllister Towing & Transportation, Kallop comprou o negócio de extracção de petróleo offshore, construindo sobre ele ao longo de 20 anos uma carteira de direitos de perfuração e operação de poços.
Em 2009, vendido este negócio por quase mil milhões de dólares, investiu na compra de 7% da Quicksilver Resources e de uma destilaria no Peru. A maré de aquisições estendeu-se aos bens para uso pessoal: três aviões a jacto Gulfstream e pelo menos oito casas, entre as quais uma mansão no Peru e um rancho no Texas. E os iates, com a ligação porventura afectuosa ao Natita (é o nome da mãe de Kallop).
Os problemas financeiros não tardariam a chegar, impedindo o proprietário de fazer reparações na embarcação, o que veio a afastar possíveis interessados na compra ao longo dos últimos dois anos. Em 2015, Kallop despediu a tripulação e pôs o Natita à venda por 59,5 milhões de euros. Um ano depois, o valor caiu para 57,5 milhões de dólares (48,6 milhões de euros à cotação actual). Actualmente nas mãos do banco, está para venda por 34 milhões de euros.
Depois de deixar de pagar o empréstimo, no final do ano passado, o Goldman Sachs pediu aos tribunais o arresto do barco em West Palm Beach, marina onde estão por pagar milhares de dólares em taxas de estadia. Para manter o gerador do barco a funcionar, o Goldman Sachs teve de comprar 67 mil dólares em combustível. Milhares a somar à dívida de Kallop, que é actualmente de 24 milhões de euros.
Empréstimos como estes, com bens valiosos como garantia, são - conta o The Wall Street Journal - comuns para bancos como o Goldman. É uma forma de fidelizar clientela rica, conhecida e tida como boa pagadora. Nos últimos cinco anos o valor emprestado pelo negócio de banca privada do Goldman quadruplicou para 29 mil milhões de dólares, muitos dos quais estão garantidos por bens de luxo como carros clássicos, violinos raros, obras do artista pop Andy Warhol, do pintor Pablo Picasso ou mesmo colecções de vinhos Bordeaux.
Em 1993, 20 anos depois de entrar na McAllister Towing & Transportation, Kallop comprou o negócio de extracção de petróleo offshore, construindo sobre ele ao longo de 20 anos uma carteira de direitos de perfuração e operação de poços.
Em 2009, vendido este negócio por quase mil milhões de dólares, investiu na compra de 7% da Quicksilver Resources e de uma destilaria no Peru. A maré de aquisições estendeu-se aos bens para uso pessoal: três aviões a jacto Gulfstream e pelo menos oito casas, entre as quais uma mansão no Peru e um rancho no Texas. E os iates, com a ligação porventura afectuosa ao Natita (é o nome da mãe de Kallop).
Os problemas financeiros não tardariam a chegar, impedindo o proprietário de fazer reparações na embarcação, o que veio a afastar possíveis interessados na compra ao longo dos últimos dois anos. Em 2015, Kallop despediu a tripulação e pôs o Natita à venda por 59,5 milhões de euros. Um ano depois, o valor caiu para 57,5 milhões de dólares (48,6 milhões de euros à cotação actual). Actualmente nas mãos do banco, está para venda por 34 milhões de euros.
Depois de deixar de pagar o empréstimo, no final do ano passado, o Goldman Sachs pediu aos tribunais o arresto do barco em West Palm Beach, marina onde estão por pagar milhares de dólares em taxas de estadia. Para manter o gerador do barco a funcionar, o Goldman Sachs teve de comprar 67 mil dólares em combustível. Milhares a somar à dívida de Kallop, que é actualmente de 24 milhões de euros.