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Novos empréstimos à habitação estagnam em 2024 nos países do euro

A política monetária restritiva do BCE tem afastado os mutuários de contratarem novas hipotecas nos últimos dois anos. No entanto, e com novos cortes nas taxas de juro no horizonte, prevê-se uma recuperação já em 2025.

Embora o investimento direto estrangeiro tenha diminuído, o investimento em imobiliário continua a subir.
João Cortesão
09 de Setembro de 2024 às 11:34
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Apesar do Banco Central Europeu (BCE) ter decidido cortar nas taxas de juro em julho - e até se falar de uma nova redução já este mês -, a política monetária na Zona Euro continua restritiva e a evolução dos empréstimos à habitação prepara-se para estagnar este ano, segundo noticia o Financial Times.

Caso os dados se confirmem, esta será a primeira vez, desde 2006 (ano em que os dados começaram a ser recolhidos), que a concessão de novos empréstimos hipotecários estagna na Zona Euro, depois de em 2014 ter registado o crescimento mais lento até à data, nos 0,2%.

Em 2022, o BCE iniciou um ciclo de agravamento da sua política monetária, que culminou em setembro do ano passado, quando o banco central subiu as taxas de juro para um recorde de 4,5%. Os juros elevados têm afastado os mutuários de contratarem novas hipotecas nestes últimos dois anos, dados que contrastam com o crescimento de 4,9% registado em 2022, de acordo com uma análise da Ernst & Young (EY). 

No entanto, para 2025, avizinha-se uma recuperação. "O mercado imobiliário continua a ser o mais impactado, com uma evolução estagnada. No entanto, à medida que os custos de vida e os juros dos empréstimos diminuem, a compra de casas, bem como a procura de crédito por parte dos consumidores e das empresas, deverá recuperar novamente", previu Omar Ali, líder global de serviços financeiro na EY, ao Financial Times.

A consultora prevê que a concessão de novas hipotecas suba 3,1% no próximo ano, e atinja um crescimento de 4,2% em 2026 - isto considerando que a inflação continua numa trajetória descendente e o BCE prossegue a aliviar a política monetária, retirando alguma pressão do mercado imobiliário.

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