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Novo Banco vai ter de ir buscar 2 mil milhões de euros ao mercado até 2026

O número foi avançado numa apresentação aos investidores realizada esta sexta-feira pelo Novo Banco, depois de revelar as contas para os primeiros nove meses do ano.

#32 -  António Ramalho
29 de Outubro de 2021 às 14:13
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O Novo Banco vai ter de ir ao mercado buscar dois mil milhões de euros até 2026 para cumprir os requisitos do MREL [requisitos relativos a capitais próprios e ativos elegíveis no âmbito do enquadramento relativo à resolução bancária]. O número foi avançado esta sexta-feira no âmbito do Capital Markets Day, depois de o banco ter apresentado as contas para os primeiros nove meses do ano.

A apresentação aos investidores foi feita por António Ramalho, presidente executivo do Novo Banco, e por Mark Bourke, administrador financeiro do banco. 

"Temos uma meta do MREL para alcançar até 2026", começou por dizer Mark Bourke ao mercado, notando que "vamos emitir perto de dois mil milhões de euros neste período". 

"A nossa intenção é sempre alcançar as metas" e "há um conjunto de opções disponíveis para fazê-lo", acrescentou o administrador, notando que estão a explorar todas as hipóteses.

O Novo Banco apresentou esta quinta-feira lucros de 154 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que contrasta com os prejuízos de mais de 850 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.


Ramalho afasta utilização da rede de segurança
Na mesma apresentação, questionado sobre a possibilidade de o chamado "backstop" - rede de segurança - de 1,6 mil milhões vir a ser utilizado, o CEO do Novo Banco afastou esta possibilidade, relembrando que isto foi incluído nos compromissos assinados entre o Governo português e a Comissão Europeia em 2017. 

"Está tão distante. Não vemos como é que iria funcionar. É algo do passado", afirmou António Ramalho, notando que a viabilidade "é clara", num período em que o banco registou lucros pelo terceiro trimestre consecutivo. 

Ainda no âmbito do Capital Markets Day, Novo Banco revelou, num documento divulgado esta sexta-feira à CMVM, que a expectativa é que o rácio de crédito malparado fique abaixo dos 5% e a rentabilidade alcance ou mesmo supere os 10% a médio prazo. 

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