Notícia
NB mantém previsão de malparado abaixo de 5% e quer rentabilidade a dois dígitos
As estimativas foram divulgadas esta sexta-feira, num comunicado enviado à CMVM, depois de o banco ter apresentado as contas para os primeiros nove meses do ano.
O Novo Banco quer alcançar um rácio de crédito malparado abaixo dos 5%, e em linha com a média europeia, e uma rentabilidade a dois dígitos. As estimativas foram divulgadas esta sexta-feira, num comunicado enviado à CMVM, depois de o banco ter apresentado as contas para os primeiros nove meses do ano.
O banco liderado por António Ramalho tem vindo pouco a pouco a libertar-se do legado do Banco Espírito Santo. Entre dezembro de 2017 e setembro de 2021, regista uma redução de 78% no "stock" de ativos tóxicos, "uma das maiores reduções de malparado na Europa", refere a instituição financeira no documento.
Se, em 2018, este montante rondava os 6,7 mil milhões de euros, nos primeiros nove meses deste ano já se situava nos 2,2 mil milhões de euros. Uma "limpeza" que tem sido feita através nomeadamente da venda de carteiras de ativos. Aliás, no primeiro semestre, o grupo concretizou a venda de mais um portefólio, com um valor bruto de 210,4 milhões de euros, tal como revelou nos resultados até setembro divulgados na quinta-feira.
O banco tem também vindo a reduzir o número de imóveis. Segundo o documento divulgado esta sexta-feira, o Novo Banco tinha 2.490 milhões de euros em imóveis no final de 2017. Um montante que se situava nos 855 milhões até setembro deste ano. Deste total, 43% são imóveis comerciais, 42% são terrenos e 13% são residenciais.
É com esta "limpeza" que o rácio de crédito malparado tem vindo a recuar, passando de 8,9% no final de 2020 para 7,3% nos primeiros nove meses deste ano. E o objetivo é que continue a descer. O Novo Banco quer que esta percentagem fique abaixo dos 5% a médio prazo, "convergindo com a média europeia", apesar do impacto da pandemia de covid-19.
O banco chegou ao final de setembro, quando expirou a moratória pública, com mais de metade dos empréstimos a empresas neste regime em risco. Enquanto 46% dos empréstimos abrangidos estão no chamado "stage 1" – onde não há sinais de que possa haver uma deterioração do crédito –, 41% estão no "stage 2", ou seja, onde pode vir a existir problemas, e 13% no "stage 3", patamar em que já há incumprimento.
Já o custo do risco deverá ficar abaixo dos 50 pontos base - era de 208 pontos base em 2020.
Rentabilidade a dois dígitos
A instituição financeira que nasceu em 2014 espera também melhorar a sua rentabilidade. "Estamos na rota da rentabilidade, de crescimento e preparados para apoiar as empresas e a economia portuguesa. É um virar de página agora também assente numa nova imagem de marca", afirmou António Ramalho, CEO do Novo Banco, citado no comunicado divulgado na quinta-feira.
As projeções divulgadas mostram que o objetivo passa por aumentar a rentabilidade para mais de 10% a médio prazo, tendo ficado nos 6% no final do ano passado.
Quanto ao capital, o objetivo do banco é que o rácio CET1 se situe acima dos 12%. Estava nos 10,9% até setembro, numa altura em que o Novo Banco e o Fundo de Resolução estão ainda a resolver um conjunto de divergências, nomeadamente sobre a aplicação do regime contabilístico transitório IFRS 9 - cuja decisão deverá ser conhecida até ao final do ano - e a descontinuação do negócio em Espanha.
Há ainda uma tranche de 112 milhões de euros que foi bloqueada pelo Ministério das Finanças, no âmbito da última chamada de capital, e que está a ser resolvida em tribunal.
O banco liderado por António Ramalho tem vindo pouco a pouco a libertar-se do legado do Banco Espírito Santo. Entre dezembro de 2017 e setembro de 2021, regista uma redução de 78% no "stock" de ativos tóxicos, "uma das maiores reduções de malparado na Europa", refere a instituição financeira no documento.
O banco tem também vindo a reduzir o número de imóveis. Segundo o documento divulgado esta sexta-feira, o Novo Banco tinha 2.490 milhões de euros em imóveis no final de 2017. Um montante que se situava nos 855 milhões até setembro deste ano. Deste total, 43% são imóveis comerciais, 42% são terrenos e 13% são residenciais.
É com esta "limpeza" que o rácio de crédito malparado tem vindo a recuar, passando de 8,9% no final de 2020 para 7,3% nos primeiros nove meses deste ano. E o objetivo é que continue a descer. O Novo Banco quer que esta percentagem fique abaixo dos 5% a médio prazo, "convergindo com a média europeia", apesar do impacto da pandemia de covid-19.
O banco chegou ao final de setembro, quando expirou a moratória pública, com mais de metade dos empréstimos a empresas neste regime em risco. Enquanto 46% dos empréstimos abrangidos estão no chamado "stage 1" – onde não há sinais de que possa haver uma deterioração do crédito –, 41% estão no "stage 2", ou seja, onde pode vir a existir problemas, e 13% no "stage 3", patamar em que já há incumprimento.
Já o custo do risco deverá ficar abaixo dos 50 pontos base - era de 208 pontos base em 2020.
Rentabilidade a dois dígitos
A instituição financeira que nasceu em 2014 espera também melhorar a sua rentabilidade. "Estamos na rota da rentabilidade, de crescimento e preparados para apoiar as empresas e a economia portuguesa. É um virar de página agora também assente numa nova imagem de marca", afirmou António Ramalho, CEO do Novo Banco, citado no comunicado divulgado na quinta-feira.
As projeções divulgadas mostram que o objetivo passa por aumentar a rentabilidade para mais de 10% a médio prazo, tendo ficado nos 6% no final do ano passado.
Quanto ao capital, o objetivo do banco é que o rácio CET1 se situe acima dos 12%. Estava nos 10,9% até setembro, numa altura em que o Novo Banco e o Fundo de Resolução estão ainda a resolver um conjunto de divergências, nomeadamente sobre a aplicação do regime contabilístico transitório IFRS 9 - cuja decisão deverá ser conhecida até ao final do ano - e a descontinuação do negócio em Espanha.
Há ainda uma tranche de 112 milhões de euros que foi bloqueada pelo Ministério das Finanças, no âmbito da última chamada de capital, e que está a ser resolvida em tribunal.