Notícia
Novo Banco vai prolongar maturidade da dívida de Vieira
O banco liderado por António Ramalho sugeriu e o Fundo de Resolução aceitou. O Novo Banco vai prorrogar a maturidade dos VMOC da Promovalor, de Luís Filipe Vieira.
O Novo Banco vai prorrogar a maturidade dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) da Promovalor, de Luís Filipe Vieira, que expiravam esta terça-feira. A decisão foi anunciada pelo Fundo de Resolução, que detém 25% do banco liderado por António Ramalho.
"Relativamente aos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) emitidos pela Promovalor II e pela Inland, e cuja conversão em ações - nos termos dos documentos da emissão subscritos pelo BES em 2011 – está prevista para 31 de agosto de 2021, o Novo Banco propôs ao Fundo de Resolução a prorrogação da respetiva maturidade. Essa proposta mereceu o parecer favorável da Comissão de Acompanhamento", afirma ao Negócios fonte oficial do fundo liderado por Luís Máximo dos Santos.
De acordo com a mesma fonte, a "27 de agosto de 2021, o Fundo de Resolução comunicou ao Novo Banco a sua não oposição à proposta de prorrogação do prazo dos VMOC, decisão fundamentada, sobretudo, no facto de a conversão dos VMOC em ações transformar o Novo Banco em acionista de sociedades que apresentam capitais próprios negativos de cerca de 200 milhões de euros e de implicar a consolidação dessas entidades no balanço do Novo Banco, o que provoca um impacto negativo na posição de capital do Novo Banco".
Em causa está o facto de ir expirar no final de agosto um empréstimo obrigacionista no valor de 160 milhões de euros, e que Vieira já disse não conseguir pagar.
Tal como o Negócios avançou, estava nas mãos do fundo liderado por Máximo dos Santos a decisão de o Novo Banco converter, ou não, os VMOC. O Novo Banco já tinha apresentado ao fundo toda a documentação com os vários cenários possíveis e os impactos associados. Uma das hipóteses passava pela conversão dos títulos, o que daria uma participação de mais de 60% do banco na Promovalor. No entanto, o caminho acabou por ser o do prolongamento da maturidade.
Como avançou o Correio da Manhã, o conselho de administração do Novo Banco começou, na semana passada, a avaliar o dossiê Promovalor, nomeadamente o que fazer em relação às dívidas e ativos da empresa. "Não tenho 160 milhões para pagar a dívida. Já está tudo tratado para se entregar as ações [da Promovalor]", assumiu Luís Filipe Vieira ao jornal.
Isto já tinha sido assumido por Vieira na sua ida ao Parlamento, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. Em maio, revelou aos deputados que "é este ano que se vence [o empréstimo obrigacionista] e que se vai processar a operação". À data, o empresário disse que "os VMOC vão ser convertidos em capital da Promovalor, e é por essa via que o banco vai receber tudo"
(Notícia atualizada com mais informação.)
"Relativamente aos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) emitidos pela Promovalor II e pela Inland, e cuja conversão em ações - nos termos dos documentos da emissão subscritos pelo BES em 2011 – está prevista para 31 de agosto de 2021, o Novo Banco propôs ao Fundo de Resolução a prorrogação da respetiva maturidade. Essa proposta mereceu o parecer favorável da Comissão de Acompanhamento", afirma ao Negócios fonte oficial do fundo liderado por Luís Máximo dos Santos.
Em causa está o facto de ir expirar no final de agosto um empréstimo obrigacionista no valor de 160 milhões de euros, e que Vieira já disse não conseguir pagar.
Tal como o Negócios avançou, estava nas mãos do fundo liderado por Máximo dos Santos a decisão de o Novo Banco converter, ou não, os VMOC. O Novo Banco já tinha apresentado ao fundo toda a documentação com os vários cenários possíveis e os impactos associados. Uma das hipóteses passava pela conversão dos títulos, o que daria uma participação de mais de 60% do banco na Promovalor. No entanto, o caminho acabou por ser o do prolongamento da maturidade.
Como avançou o Correio da Manhã, o conselho de administração do Novo Banco começou, na semana passada, a avaliar o dossiê Promovalor, nomeadamente o que fazer em relação às dívidas e ativos da empresa. "Não tenho 160 milhões para pagar a dívida. Já está tudo tratado para se entregar as ações [da Promovalor]", assumiu Luís Filipe Vieira ao jornal.
Isto já tinha sido assumido por Vieira na sua ida ao Parlamento, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. Em maio, revelou aos deputados que "é este ano que se vence [o empréstimo obrigacionista] e que se vai processar a operação". À data, o empresário disse que "os VMOC vão ser convertidos em capital da Promovalor, e é por essa via que o banco vai receber tudo"
(Notícia atualizada com mais informação.)