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Novo Banco continua sem conseguir vender sucursal em Espanha por falta de interessados

O Novo Banco não conseguiu ainda concluir a venda das suas operações em Espanha devido à pandemia, o que terá levado à demissão de Carlos Carrasco, o número três da operação espanhola. Jornal El Español diz que atraso se deve à falta de interessados na compra.

Mariline Alves
29 de Dezembro de 2020 às 10:53
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A data que o Novo Banco estabeleceu para abandonar as operações em Espanha (31 de dezembro) aproxima-se, mas a instituição continua sem finalizar a venda da sua sucursal no país vizinho por falta de interessados, segundo adianta o jornal El Español na edição desta terça-feira. Contudo, o banco português diz que o processo continua em curso e o atraso se deve à pandemia.

A este demoroso processo de venda junta-se a demissão de Carlos Carrasco, que será efetivada a partir do próximo dia 30 de janeiro. Carrasco era, na prática, o número três do banco em Espanha atrás de Antonio Taquenho (diretor geral) e Jorge Cabranes (diretor geral adjunto). Agora, o gestor abandona o Novo Banco depois de oito meses à procura de compradores para as operações espanholas, mas sem sucesso.

Ao jornal espanhol, que avança que a venda está mesmo suspensa, fonte oficial do Novo Banco afirma que "há mais de um candidato interessado na totalidade das operações, e também vários interessados em algumas das partes (...). O processo continua e será estudada a melhor forma de o canalizar".

No final de maio deste ano, o El Confidencial avançou que os norte-americanos do Lone Star decidiram pôr à venda a operação do Novo Banco em Espanha, que engloba os negócios de banca institucional, empresarial, privada e de retalho, que nessa altura tinha um volume total de cerca de 6.000 milhões de euros.

Mas a falta de interessados fez cair a pique o valor de uma possível venda. Em junho, já o espanhol Expansión dava conta que a venda, a acontecer, seria por uma verba inferior aos 100 milhões de euros. De acordo com o jornal, que citava fontes do Deutsche Bank, o negócio atraiu inicialmente um número limitado de interessados.

O El Español salienta que se a unidade em Espanha for vendida por uma quantia reduzida, o Novo Banco terá de registar menos-valias no seu balanço, o que pode aumentar os prejuízos e o valor a pedir ao Estado português.

Em dezembro, a gestora de ativos espanhola do Novo Banco, a Novo Activos Financieros España (NAFE), foi vendida à Trea Asset Management, por perto de 13 milhões de euros.
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