Notícia
Novo Banco: "A ministra das Finanças a mim não me mentiu", diz Vítor Bento
Na audição na comissão eventual de inquérito parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, Vítor Bento garantiu aos deputados que, no período da resolução do BES, só falou com a ex-ministra das Finanças no dia 30 de julho de 2014 e, portanto, não sabe qual era visão de Maria Luís Albuquerque no início do processo porque não manteve contacto com a antiga governante.
23 de Março de 2021 às 23:27
O antigo presidente do BES Vítor Bento assegurou hoje que a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, com quem só falou uma vez, não lhe mentiu e deixou claro a inexistência de vontade política para um apoio público ao banco.
Na audição na comissão eventual de inquérito parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, Vítor Bento garantiu aos deputados que, no período da resolução do BES, só falou com a ex-ministra das Finanças no dia 30 de julho de 2014 e, portanto, não sabe qual era visão de Maria Luís Albuquerque no início do processo porque não manteve contacto com a antiga governante.
"Se calhar devia ter falado, não sei. Eu sou institucionalista e, portanto, como os meus contactos foram com o Banco de Portugal, eu parti do princípio que o que havia a acertar com o Governo, o Banco de Portugal (BdP) acertaria com o Governo", justificou.
O também antigo presidente do Novo Banco reiterou uma ideia que já tinha defendido logo na primeira ronda da audição, recordando que o BdP "deu reiteradas garantias públicas que estava disponível a linha de capitalização pública", não lhe passando "pela cabeça" que "não tivesse havido um acerto de posições prévia".
"A senhora ministra comigo foi clara: não havia vontade política para dar esse apoio público e, portanto, que essa não seria a sua solução preferida. A senhora ministra das Finanças a mim não me mentiu", assegurou.
Vítor Bento insistiu que só falou com Maria Luís Albuquerque uma vez neste período. "Devia ter falado mais cedo? Talvez, mas eu tenho que tomar as decisões com base nas circunstâncias e eu nas circunstâncias achava que tinha informação suficiente e que a informação estava alinhada", apontou.
O antigo presidente do BES e do Novo Banco afirmou que terá "mais dificuldade em compreender que o BdP tivesse a iludir o mercado e os vários 'stakeholder' se ele próprio não tivesse a garantia".
"Porque ele estava a dar a garantia relativamente a um ativo que não era da sua responsabilidade. Quem decide sobre a capitalização pública é o Governo", lembrou.
Na audição na comissão eventual de inquérito parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, Vítor Bento garantiu aos deputados que, no período da resolução do BES, só falou com a ex-ministra das Finanças no dia 30 de julho de 2014 e, portanto, não sabe qual era visão de Maria Luís Albuquerque no início do processo porque não manteve contacto com a antiga governante.
O também antigo presidente do Novo Banco reiterou uma ideia que já tinha defendido logo na primeira ronda da audição, recordando que o BdP "deu reiteradas garantias públicas que estava disponível a linha de capitalização pública", não lhe passando "pela cabeça" que "não tivesse havido um acerto de posições prévia".
"A senhora ministra comigo foi clara: não havia vontade política para dar esse apoio público e, portanto, que essa não seria a sua solução preferida. A senhora ministra das Finanças a mim não me mentiu", assegurou.
Vítor Bento insistiu que só falou com Maria Luís Albuquerque uma vez neste período. "Devia ter falado mais cedo? Talvez, mas eu tenho que tomar as decisões com base nas circunstâncias e eu nas circunstâncias achava que tinha informação suficiente e que a informação estava alinhada", apontou.
O antigo presidente do BES e do Novo Banco afirmou que terá "mais dificuldade em compreender que o BdP tivesse a iludir o mercado e os vários 'stakeholder' se ele próprio não tivesse a garantia".
"Porque ele estava a dar a garantia relativamente a um ativo que não era da sua responsabilidade. Quem decide sobre a capitalização pública é o Governo", lembrou.