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Norgarante já "financiou" um Programa Nacional de Reformas
Onze mil milhões de euros. É este o valor do investimento já realizado por empresas dos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viseu com o respaldo financeiro desta sociedade de garantia mútua.
Nos primeiros seis meses deste ano, a Norgarante apoiou quase cinco mil empresas das regiões Norte e Centro Norte do país, sobretudo na obtenção de financiamento bancário, viabilizando um investimento superior a 500 milhões de euros nestas que são apontadas como as zonas mais exportadoras do país.
Segundo o balanço feito esta quarta-feira, 12 de Julho, pela sociedade liderada por Teresa Duarte, os projectos apoiados até ao final de Junho envolveram investimentos de modernização e aumento de capacidade produtiva, acções de internacionalização e inovação e a criação de novos negócios, incluindo vários de auto-emprego. A carteira de garantias da Norgarante ascende actualmente a 1.500 milhões de euros e envolve mais de 23 mil empresas.
Incluindo já estes dados do primeiro semestre de 2017, esta que é uma das quatro sociedades operacionais do sistema de garantia mútua – as outras são a Agrogarante, a Garval e a Lisgarante –, já emitiu 107.849 garantias desde que iniciou a actividade há 15 anos, elevando o investimento realizado com este respaldo financeiro para mais de 11 mil milhões de euros. Ou seja, um valor equivalente à despesa que o Governo prevê alocar, em cinco anos, ao Programa Nacional de Reformas.
Através da prestação de garantias, a pedido das empresas, as sociedades de garantia mútua intervêm como se fossem um fiador ou garante para facilitar a obtenção de crédito, assegurando, "de forma irrevogável e à primeira solicitação", o pagamento da percentagem do capital garantido que esteja em dívida. E os principais interlocutores da Norgarante, cujo montante médio das garantias concedidas ronda os 52 mil euros, são micro e PME dos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viseu.
Estas são precisamente as cidades em que esta sociedade financeira tem agências abertas. Em termos de sectores que mais têm beneficiado destas soluções, os dados relativos a 2016 mostram que a maior parte das garantias foi emitida para empresas de comércio por grosso e retalho (29%) e também para a indústria transformadora, em especial a dedicada à fabricação de produtos metálicos (8%), têxteis (5%), couro e produtos derivados (4%) e vestuário (4%).