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Negócio do crédito malparado cresce sem fiscalização

Os créditos que particulares e empresas não podem pagar transformaram-se num negócio de milhões que no entanto continua por regular. Nem a ASAE nem a CMVM assumem responsabilidade, segundo noticia a Rádio Renascença esta segunda-feira.

Alexandre Azevedo
26 de Agosto de 2019 às 09:34
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Os créditos que particulares e empresas não podem pagar transformaram-se num negócio relevante que no entanto continua por regular, segundo sublinha a Rádio Renascença esta segunda-feira.

Pressionada pelos supervisores, os bancos venderam perto de 24 mil milhões de euros de malparado que estava nos seus balanços a fundos internacionais que subcontratam ou se associam a empresas portuguesas que não estão reguladas.

À Renascença tanto a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) como a CMVM nega qualquer responsabilidade sobre estas matérias, acrescentando que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários estará mais apta para lidar com estas matérias. Porém, a CMVM também descarta qualquer responsabilidade.

Também a revista Sábado tem noticiado a falta de regulação no setor das empresas de recuperação de dívidas, que gerem mais de 21 mil milhões de euros – num aumento de 52% face ao ano anterior – e que recuperaram no ano passado 711 milhões de euros, mais 11% do que no ano anterior.

A atividade de recuperação de dívidas empregava no final do ano passado 1.676 pessoas. Em causa estão pessoas remuneradas à comissão, numa atividade "largamente auto-regulada", segundo a revista.

Outro dos aspetos deste negócio é a criação de "empresas na hora", que têm como objeto a compra e venda de imóveis. Uma empresa para cada transação com o tratamento fiscal "específico" destas entidades que está previsto no enquadramento português, tal como o Negócios explicou recentemente.

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