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Mourinho Félix avisa que crédito ao consumo “deve ser seguido com muita atenção”

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças alertou para a necessidade de olhar para a concessão de crédito, em especial ao consumo. Mourinho Félix defendeu mesmo que o Banco de Portugal deve avaliar a eficiência da medida que implementou para travar o crédito.

Miguel Baltazar/Negócios
25 de Setembro de 2018 às 10:14
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O Governo considera que há motivos para ter de olhar com atenção para o crédito ao consumo, segundo assumiu o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.

 

O segmento do crédito, em especial quando se fala de crédito ao consumo, "tem de ser acompanhado de perto para evitar excessos", afirmou o governante na conferência "Banca do Futuro", organizada pelo Negócios.

 

Mourinho Félix assumiu que é "fundamental" apostar na "vigilância" da evolução do crédito. "Deve ser seguido com muita atenção".

 

O crédito ao consumo concedido por bancos e financeiras especializadas alcançou 595 milhões de euros no mês de Julho, sendo que 48% do valor é para adquirir automóvel. Estes foram números citados pelo governante para pedir atenção.

 

BdP deve avaliar eficiência das suas medidas

 

O secretário de Estado Adjunto e das Finanças frisou que já há uma atenção da regulação e supervisão ao crédito, referindo-se à medida macroprudencial implementada pelo Banco de Portugal, que visa colocar limites à concessão de crédito, tanto à habitação como ao consumo. Mais "é fundamental" avaliar "a eficiência das medidas que foram adoptadas".

 

"O aparecimento de novos agentes, sejam ou não fintech, vai facilitar ainda mais a concessão de crédito", aventa o governante. E esse impulso é positivo para o crescimento da economia, adianta, ainda que deixando o aviso: "desde que seja acompanhado por uma utilização responsável".

 

Nesse sentido, Ricardo Mourinho Félix defende que os "bancos devem fazer cada vez melhor o que já fazem bem", mesmo com o surgimento de empresas que vão assegurar alguns dos seus serviços. E, aqui, o secretário de Estado pediu, novamente, um novo olhar da regulação. "As regras sobre a actividade bancária devem acompanhar essa mudança", alertou, acrescentando que é necessário "questionar" e até "eliminar" regras que se tornem "ineficientes", ainda que sem concretizar de que falava. Mas o governante não tem dúvidas: "A regulação vai ter um papel decisivo".

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