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Montepio remodela balcões nos próximos três anos
Depois de cortar 90 agências nos primeiros nove meses do ano, a caixa económica do Montepio avança para um novo posicionamento. O início do processo custa 6 milhões.
O Montepio está a remodelar os seus balcões. O processo iniciou-se esta segunda-feira, 6 de Fevereiro, e estende-se por três anos. A mudança acontece depois da reestruturação que ditou o fecho, nos primeiros nove meses do ano passado, de 90 agências da caixa económica.
"Isto é um plano a três anos", disse José Félix Morgado, num encontro com jornalistas no balcão da Rua Castilho, em Lisboa, o primeiro a ser alterado. Para já, começam as agências na capital, depois estender-se-á pela presença geográfica da caixa económica no país.
No final de Setembro, o Montepio contava com 331 balcões, menos 90 do que no final do ano anterior. Ainda não há dados relativos ao final do ano e Félix Morgado não quis falar deles. Aliás, o presidente executivo da caixa económica só falou do novo posicionamento da instituição, não querendo fazer considerações sobre outros assuntos.
Serão investidos 6 milhões de euros numa primeira fase, mas o valor global colocado neste plano não foi revelado. O logotipo permanece igual mas há uma nova assinatura: "Só um banco diferente nos leva mais longe".
"A nova imagem da CEMG [Caixa Económica Montepio Geral] surge agora mais clara e luminosa, onde se destacam o amarelo e a seta ascensional", indica o comunicado do grupo sobre o tema. A aposta em montras digitais faz parte do novo modelo em que o Montepio pretende insistir na inovação - a transformação digital é o passo que se segue.
O segmento de clientes continua a ser o mesmo, isto é, famílias, economia social e pequenas e médias empresas, diz o sucessor de António Tomás Correia à frente da caixa económica, que se está a transformar numa sociedade anónima. Esta modificação não vai abrir o capital a privados, têm garantido a caixa e a sua dona, a mutualista.
Na agência da Castilho, há um espaço para o atendimento ao associado da mutualista, de que, funcionalmente, a caixa económica está agora separada por determinação do Banco de Portugal.