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Montepio cumpre rácios mínimos definidos pelo Banco de Portugal

A instituição financeira tem ressalvado a sua "sólida" situação de capital num momento em que se sabe que a sua accionista única, a Montepio Geral – Associação Mutualista, está disponível para vender parte do capital.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Janeiro de 2018 às 18:05
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O Montepio defende que a situação de capital no final do terceiro trimestre do ano passado permitia cumprir os requisitos exigidos pelo Banco de Portugal no âmbito da avaliação individual que faz à caixa económica.

 

"Os rácios de fundos próprios reportados a 30 de Setembro de 2017 pela CEMG encontram -se acima dos novos níveis prudenciais exigidos", assinala o comunicado da entidade presidida por José Félix Morgado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta quarta-feira, 10 de Janeiro.

 

O rácio Common Equity Tier 1, que mede o peso do melhor capital da instituição, situava-se, em Setembro, em 13%, incorporando já os resultados obtidos naquele ano. O rácio CET1 sobe para 13,5% se for incluído o resultado da adesão ao regime dos impostos diferidos, que beneficia o capital. Em Julho de 2018, o Montepio tem de apresentar um rácio CET 1 de 9,4%, o que é conseguido. 

 

Por sua vez, o rácio total, que já incorpora dívida emitida pela instituição financeira, é de 13,2%, ou 13,7% com a adesão ao regime dos impostos diferidos. Aqui, a folga é menor: o requisito mínimo é de 12,9%, segundo divulgado pela caixa económica.

 

Estes rácios incorporam o pilar 1, que é o mínimo de capital que a entidade deve dispor, o pilar 2, que depende da avaliação individual a cada instituição, designado de SREP – "supervisory review and evaluation process" –, e ainda as reservas exigidas pelo supervisor, como a que se deve ao peso de cada banco no sistema bancário.

"Os procedimentos conduzidos pelo Banco de Portugal seguiram as orientações da Autoridade Bancária Europeia (EBA) em matéria de processo anual de supervisão e as metodologias definidas no âmbito do Mecanismo Único de Supervisão", avança a caixa económica. 

 

A instituição financeira tem ressalvado a sua "sólida" situação de capital num momento em que se sabe que a sua accionista única, a Montepio Geral – Associação Mutualista, está disponível para vender parte do capital. A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa negoceia a sua entrada, para uma posição de até 10%. 

A divulgação dos rácios tem sido feita pelas instituições financeiras, com a indicação ao mercado de quais os níveis de capital que têm de cumprir por exigência do Banco Central Europeu. 

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