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Montepio admite alternativas à "holding" africana

A caixa económica continua em negociações para deixar de consolidar as participadas em Angola e Moçambique, seja no consórcio com bancos como o Rabobank, seja noutras "alternativas que se encontram em desenvolvimento".

Miguel Baltazar
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O Montepio está à negociar alternativas para as suas participadas africanas, além do consórcio com o Rabobank e outras instituições internacionais no ano passado. Uma coisa é certa: o Finibanco Angola e o moçambicano BTM – Banco Terra são para deixar de ser detidos, em maioria, pela caixa. 

 

"A Caixa Económica Montepio Geral encontra-se num processo negocial com um conjunto de investidores com vista a recentrar a abordagem para o mercado africano tendo em vista a desconsolidação das actuais participações financeiras detidas no Finibanco Angola S.A. e no BTM – Banco Terra, S.A., quer no âmbito do projecto ‘Arise em parceria internacional com o Rabobank, o fundo soberano norueguês Norfund e o banco de fomento holandês FMO, quer no âmbito de outras alternativas que se encontram em desenvolvimento", indica o comunicado de resultados do primeiro trimestre.

Em Agosto do ano passado, a instituição liderada por José Félix Morgado revelou a intenção de entrar numa parceria com os bancos internacionais, onde seriam integradas as posições financeiras em instituições africanas. A caixa económica ficaria com uma participação de 5% a 7% na entidade resultante.

 

Agora, o Montepio admite também estar em negociações para "outras alternativas" que estão "em desenvolvimento", ainda que sem identificar de que está a falar. Angola e Moçambique são, neste momento, actividades em descontinuação para a instituição, o que indica que a maioria no capital é para vender. Esta rubrica apresentou um balanço de 3,5 milhões, que comparam com os 3,1 milhões homólogos.

 

No primeiro trimestre, o Finibanco Angola teve um lucro de 4,3 milhões, enquanto o Banco Terra registou um prejuízo de 37,5 milhões.

 

A indicação foi dada na apresentação dos resultados do primeiro trimestre, onde a caixa alcançou um lucro de 11,1 milhões de euros, face aos prejuízos de 19,8 milhões no mesmo período do ano passado. 

O Montepio está em processo de transformação em sociedade anónima, esperando-se a ratificação dessa decisão esta terça-feira por parte da proprietária, Associação Mutualista Montepio Geral. 




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