“O BPN foi muito bem nacionalizado, havia mesmo um risco sistémico”, admitiu o economista e ex-ministro das Finanças, esta tarde numa conferência do Negócios sobre a retoma da economia. O problema foi o banco “ter estado três anos ao colo do Estado. O que acontece a um banco podre? Os clientes deixam de pagar, evidentemente”, exemplificou.

“Os clientes deixaram de pagar, os depositantes fugiram por causa do risco e os pobres funcionários que conseguiam emprego iam-se embora. O problema não foi a nacionalização, foi ter apodrecido ao colo do Estado”, lamentou.

O ex-ministro disse ainda que “a primeira obrigação dos bancos e da supervisão é guardar cuidadosamente as poupanças que lhes foram confiadas”.