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Miguel Maya: “Temos de garantir que não vamos gastar os fundos [do PRR], mas sim investi-los”

Presidente do BCP considera que o setor financeiro esteve à altura da crise e apela à responsabilidade na distribuição dos fundos europeus.

Duarte Roriz / Cofina Media
09 de Fevereiro de 2022 às 13:50
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O presidente executivo do Millennium BCP, Miguel Maya, entende que cidadãos, empresas, bancos e governantes têm a responsabilidade de "garantir que não vamos gastar, mas sim investir" os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

No discurso de encerramento da conferência "Vamos lá, Portugal" organizada pelo Negócios e pelo BCP e dedicada ao PRR, o CEO afirmou que o país tem de "assegurar que o retorno dos investimentos se materializa num país melhor financeiramente, mais equilibrado, economicamente mais próspero e socialmente mais inclusivo".

Para isso, afirmou, "torna-se cada vez mais pertinente questionar e rever o contrato social de modo a assegurar a competitividade económica das empresas no mundo global, reforçando simultaneamente as redes de proteção social".

Mas para fazer esse caminho, diz Miguel Maya, "é necessária coragem política, pois o populismo fundamenta com facilidade convicções demagógicas em realidades táticas de um passado que ficou definitivamente para trás".

"A preparação é o fermento do sucesso"
Na conferência que encerrou um ciclo de ‘talks’ para discutir as várias áreas do PRR, Maya considerou que "as oportunidades podem ou não ser criadas por nós, mas a preparação é da nossa exclusiva responsabilidade", assegurando que "não temos nenhum gene lusitano que nos impeça de ser bem-sucedidos num mundo cada vez mais global e digital. Até a nossa dimensão e localização podem ser encaradas como fatores competitivos".

"Imagem do banco a oferecer o chapéu quando não chove e a pedi-lo de volta no primeiro aguaceiro não existiu"
Maya defendeu ainda o papel do sistema financeiro nacional, que considera "eficiente, inovador e competitivo, como ficou bem demonstrado nesta crise". "Um setor financeiro forte", realçou, "protege na crise – atente-se à importância das moratórias e das linhas covid – e potencia as capacidades das empresas nos ciclos de investimento como o que estamos a viver".

O CEO está convencido que "a velha imagem do banco oferecer o chapéu quando não chove e a solicitá-lo de volta no primeiro aguaceiro não fez parte da história desta crise". A banca, assegurou, "esteve presente e demonstrou de forma séria que os seus propósitos estão alinhados com os das comunidades que serve".
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