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Miguel Maya diz que contexto está difícil para todos os bancos e não só para BCP
O presidente do BCP diz acreditar que o banco vai ganhar o processo de impugnação da multa da Autoridade da Concorrência e que o momento está difícil para toda a banca, não só para o BCP.
"Estou otimista relativamente ao futuro do BCP, o contexto está mais difícil, mas não é só para o BCP, é para banca em geral. Há semanas disse que não tencionava mudar os objetivos do plano estratégico e reafirmo. Apesar do contexto mais desafiante, estamos confiantes de que iremos encontrar formas e modelos para corresponder àquilo que apresentámos ao mercado", afirmou Miguel Maya aos jornalistas, à margem de uma conferência da sociedade de advogados Sérvulo & Associados, em Lisboa.
Sobre a situação do BCP na Polónia, onde tem o Millennium Bank, perante a decisão que se aguarda da Justiça europeia sobre o problema da conversão de empréstimos em francos suíços para zloty (moeda local), Miguel Maya disse não há qualquer novidade recente e que o BCP está a "aguardar para perceber qual o enquadramento".
A decisão que se aguarda para breve do Tribunal de Justiça da União Europeia pode ter impacto no sistema bancário da Polónia. Em Portugal, as ações do BCP têm apresentado volatilidade.
Quanto ao processo da Autoridade da Concorrência contra o BCP, em conjunto com outros 13 bancos, por prática concertada de informação sensível no crédito, Maya considerou a multa de 60 milhões de euros "injustificada e injusta", e mostrou-se confiante de que o banco ganhará o processo de impugnação da multa.
"A nossa convicção é que vamos ganhar o processo", declarou, reafirmando que não houve prejuízo para os clientes. "Se a troca de informação não era permitida por lei, é obvio que é uma prática incorreta, o que se questiona é o salto quântico para ter havido prejuízo para os clientes", acrescentou.
Questionado sobre se o BCP vai pôr uma provisão nas contas para a multa, Miguel Maya afirmou que isso será visto "a seu momento com auditores".