A partir deste mês de Dezembro, 41 das 85 obras de Miró que estão nas mãos do Estado depois da nacionalização do BPN podem ser classificadas como de interesse nacional sem autorização dos proprietários, por completarem 10 anos em Portugal.

O Público recorda que o Governo de Passos Coelho quis vender as obras em leilão na Christie’s em Londres, um processo nada pacífico e que tem ainda dois processos pendentes no Ministério Público para a manutenção das obras em Portugal e que levaram ao cancelamento do leilão.

Caberá agora ao novo ministro da Cultura, João Soares, gerir este processo. O PS sempre foi a favor da manutenção das obras em Portugal e mesmo o novo detentor da pasta da Cultura deu conta disso na sua página do Facebook.

As obras ficaram na posse das sociedades Parvalorem e Parups, que foram criadas para absorver os activos do BPN, que seriam vendidos e a alienação dos Miró estava incluída nesse âmbito. Mas encontrou sempre vários obstáculos. 

Alguns dos quadros estavam avaliados em valores superiores a dois milhões de euros.