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Mega-fusão à vista na banca italiana com OPA sobre o UBI

O Intesa lançou uma oferta não solicitada sobre o UBI com o objetivo de criar o sétimo maior banco da Europa.

Bloomberg
18 de Fevereiro de 2020 às 10:00
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O Intesa Sanpaolo, maior banco italiano de retalho e que no passado foi acionista do BCP, lançou uma oferta pública de aquisição (OPA) não solicitada sobre o rival de menor dimensão Unione di Banche Italiane (UBI).

 

A concretizar-se, esta será uma das maiores operações de fusões e aquisições na banca europeia desde a crise financeira. E poderá representar o pontapé de saída no movimento de consolidação no setor que muitos reclamam ser necessário.

 

A OPA avalia o UBI em 4,5 mil milhões de euros, com os acionistas deste banco a poderem trocar 10 ações do UBI por 17 do Intesa.

 

As ações do UBI estão a reagir em forte alta, com uma subida de 29% para 4,41 euros, já acima da contrapartida do Intesa (avaliada em 4,25 euros por ação). O mercado está a ver esta operação com bons olhos, já que as ações do Intesa valorizam 3,6% na Bolsa de Milão e os outros bancos italianos cotados também negoceiam em terreno positivo.

 

A união dos dois bancos vai dar origem a uma instituição financeira com recursos de clientes de mais de 1,1 biliões de euros e receitas anuais de 21 mil milhões de euros. Segundo o Intesa, será o sétimo maior banco da Europa.

 

"O setor bancário está a caminho de um processo de consolidação nos próximos anos … e é do interessa do Intesa atingir uma dimensão que lhe permita competir na Europa", refere um comunicado do banco italiano.

 

A gestão do UBI não teve conhecimento prévio desta oferta anunciada na noite de segunda-feira e, segundo a Bloomberg, terá sido completamente apanhada de surpresa. O conselho de administração vai reunir ainda hoje para reagir à proposta.

 

A Intesa pretende finalizar a oferta este ano e estima que poderá ter um impacto positivo no lucro por ação em 6%. O objetivo passa por atingir lucros anuais conjuntos de mais de 6 mil milhões de euros em 2022.

 

No âmbito desta operação, que vai retirar de bolsa o UBI, o Intesa tem já um plano para alienar entre 400 a 500 balcões ao BPER Banca.

 

O UBI tinha apresentado ontem o seu plano estratégico a três anos, que contempla o corte de mais de 2 mil postos de trabalho e o fecho de 175 balcões até 2020. O banco não fechava as portas a uma fusão, mas dizia privilegiar uma estratégia de prosseguir independente.

 

O Intesa e o BCP tinham uma parceria, com participações acionistas cruzadas, que foi desfeita em 2005.

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