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Macedo: Não há administradores da CGD que tenham de passar novamente pelo supervisor
O presidente executivo da CGD diz que, dos administradores atualmente na Caixa, apenas dois tinham já estado no banco público: Maria João Carioca e Rodolfo Lavrador.
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD) garante que não há, hoje, no banco estatal um administrador que tenha de ser reavaliado pelo Banco de Portugal por ter estado antes nesta entidade. Houve, apenas dois casos: Maria João Carioca e Rodolfo Lavrador. No primeiro caso, Paulo Macedo concretizou que foi avaliado internamente.
"Não há uma pessoa que tenha estado na administração da CGD e que hoje desempenhe funções com necessidade de passar pelo processo de 'fit and proper' [avaliação do Banco de Portugal]", garantiu Paulo Macedo aos deputados na comissão de Orçamento e Finanças sobre a auditoria da EY a 15 anos de gestão do banco.
Foi este relatório que revelou que o banco estatal cedeu montantes elevados, mesmo perante pareceres desfavoráveis ou na ausência da posição da Direção de Risco da CGD, entre 2000 e 2015.
Entre os administradores que passaram pela Caixa no passado, "nenhum tem hoje qualquer função na administração", reforçou o presidente da CGD, tendo havido apenas o caso de Maria João Carioca, que em 2013 passou pela área de sistemas de informação. O caso dela foi revisto internamente, adiantou Paulo Macedo.
Há ainda o caso de Rodolfo Lavrador, ex-administrador executivo da CGD, referiu depois Paulo Macedo, sem dar detalhes.
Ainda no contexto dos administradores, Macedo relembra que, no passado, estes "não tinham avaliações formais e individuais", algo que é agora realizado no banco. Esta foi uma das mudanças que "tornam impossível que se passe o que se passava nesta época anterior".
Também o "próprio controlo não tem paralelo", disse, referindo-se aos detalhes agora incluídos nas atas. "Uma ata da comissão executiva não tem menos de 20 páginas, de maneira a incluir todas as explicações".
Outro aspeto é o recrutamento de membros internacionais, algo que o presidente executivo diz ser "facultativo", mas que a Caixa opta por fazer. O banco estatal tem hoje três a quatro administradores não executivos internacionais.