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Lucros do Santander Totta crescem 0,9% para 298,2 milhões de euros em 2021

Banco garante que o final das moratórias não trouxe preocupações. Presidente executivo diz que o país tem de retomar a consolidação orçamental e considera que a maioria absoluta "facilita" esse objetivo.

Os lucros do Santander Portugal, liderado por Pedro Castro e Almeida, caíram para 172,9 milhões de euros.
João Miguel Rodrigues
02 de Fevereiro de 2022 às 09:31
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O Santander Totta registou lucros de 298,2 milhões de euros em 2021, um resultado 0,9% superior ao de 2020.

Depois de três anos sem distribuir dividendos, a instituição vai propor o pagamento de 480 milhões de euros ao acionista, referentes aos lucros de 2019. O banco não coloca de parte a distribuição de dividendos adicionais ao longo do ano.

O total de crédito a clientes cresceu 1,7% para 43,4 mil milhões de euros. O crédito à habitação aumentou 6%.

As quotas do banco nos novos empréstimos atingiram 22,7% no segmento das empresas e 21,2% no crédito à habitação.

As linhas de crédito com garantia do Estado foram disponibilizadas a mais de 16 mil clientes, num valor total de 1,8 mil milhões de euros.

A instituição financeira reduziu o quadro de pessoal em 1.175 trabalhadores no ano passado: no final de 2020, tinha 5.980 funcionários, enquanto no final de 2021 eram 4.805. Castro e Almeida afirmou, no entanto, que em 2022 o Santander deverá contratar.

O banco reduziu 79 agências ao longo do ano passado, chegando a dezembro com um total de 348 balcões.

O CEO Pedro Castro e Almeida realçou que depois do final das moratórias o banco não registou problemas de maior por parte dos clientes e disse estar "otimista" em relação a essa situação.

Maioria absoluta "facilita" consolidação orçamental

Questionado sobre o momento político e as expetativas para a legislatura, o presidente executivo do Santander disse estar "convicto que a consolidação orçamental vai continuar". Castro e Almeida afirmou que "nos próximos anos temos de aproveitar este crescimento e continuar a consolidação". "Temos uma oportunidade de curto prazo para baixar a perceção do risco do país medida que o Banco Central Europeu vai deixando de fazer compras", disse.

Castro e Almeida admitiu, em respostas aos jornalistas, que a existência da maioria absoluta "facilita" o objetivo de ter contas públicas certas. O CEO disse mesmo que Portugal tem de, nos próximos anos, repetir os resultados positivos nas contas públicas que atingiu no pré-pandemia. O presidente da instituição financeira acrescentou mesmo que "se daqui a três anos a dívida pública for de 115% ou 120% do PIB, teremos um problema".

A maioria absoluta permite, disse o CEO, "uma atração de talento para o governo". Para Castro e Almeida, existem "pessoas, incluindo independentes, que poderiam não ir para o governo" numa situação de maioria relativa.

Castro e Almeida disse ainda que os "fundos europeus são uma oportunidade" que o país tem de saber aproveitar.
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