Notícia
Santander lucra mais 38% em Portugal
Até junho, o banco registou um resultado líquido de 333,7 milhões de euros. Depósitos têm quebra de 8,8%. Empréstimos caem 3,8%. Foram renegociados 18 mil créditos.
O Santander registou em Portugal um lucro de 334 milhões de euros durante o primeiro semestre, uma subida de 38,3% face aos 241,1 milhões do período homólogo.
O valor varia ligeiramente face aos 321 milhões que tinham sido indicados esta semana, no âmbito das contas globais do banco, devido a operações dentro do próprio grupo.
Pedro Castro Almeida, CEO do Santander em Portugal, considerou, em conferência de imprensa, esta sexta-feira, que foi um exercício "muito positivo" e que está em linha com a apresentação de resultados de outros bancos a nível mundial.
O gestor reconhece que, para estes resultados, "o grande 'driver' é a margem financeira", ou seja, a diferença entre os juros cobrados pelos empréstimos concedidos e os juros pagos aos depositantes: subiu 58,4% para 586 milhões de euros no espaço de um ano. Além disso, considera o CEO, os lucros "são fruto de uma transformação contínua" do modelo de negócio.
Ao contrário da margem financeira, as comissões líquidas deram um menor contributo para os lucros do que no mesmo período do ano passado, tendo caído 3,5% para 231,2 milhões.
No total, o produto bancário atingiu 830,4 milhões de euros, uma subida de 35,5%.
Do lado dos gastos, a operação custou mais 5,3% do que há um ano, fixando-se nos 255,4 milhões.
O número de trabalhadores manteve-se estável, com a saída de 30 pessoas. No total, o Santander tem hoje em Portugal 4.666 colaboradores. Fechou ainda oito agências neste primeiro semestre, ficando agora com 333.
18 mil créditos renegociados
O banco indica que o crédito a clientes reduziu 3,8% para 41,9 mil milhões de euros, "dinâmica largamente explicada pela amortização antecipada de créditos e pela menor originação de créditos".
Foram ainda renegociados "cerca de 18 mil créditos à habitação, o que representa quase dois mil milhões de euros em termos de crédito", revelou o CEO do banco.
E até junho, cerca de seis mil contratos tiveram bonificação dos créditos à habitação. "Em média, a bonificação por cliente é mais ou menos de 30 euros por mês", afirmou o presidente executivo do Santander, ressalvando que "não há sinais de incumprimento".
Depósitos caem 8,8%
Os recursos de clientes no Santander atingem 44,3 mil milhões de euros, uma redução de 7,2% face ao primeiro semestre do ano passado.
Para isto contribuiu uma queda de 8,8% nos depósitos, o que está "largamente associada à amortização antecipada de créditos, assim como pela aplicação em recursos fora de balanço, que cresceram 6% face ao final de 2022".
O administrador financeiro do Santander, Manuel Preto, ressalva, no entanto, que "já se sente uma inversão" nos depósitos, salientando mesmo que neste período houve um "crescimento em quatro dos seis meses".
Relativamente à concorrência dos Certificados de Aforro, que, até há pouco tempo, eram responsáveis por parte da fuga de depósitos da banca, Pedro Castro Almeida considera que essa questão "deixou de se colocar a partir do momento em que os bancos já têm ofertas iguais ou superiores".
Pedro Castro e Almeida rejeitou também que tenha havido qualquer tipo de pressão sobre o Governo sobre os Certificados de Aforro, que viram as regras alteradas a partir de junho. "Nunca fomos consultados por nenhum ministro das Finanças sobre a emissão de dívida pública", disse o gestor.
Última atualização: 11h25
O valor varia ligeiramente face aos 321 milhões que tinham sido indicados esta semana, no âmbito das contas globais do banco, devido a operações dentro do próprio grupo.
O gestor reconhece que, para estes resultados, "o grande 'driver' é a margem financeira", ou seja, a diferença entre os juros cobrados pelos empréstimos concedidos e os juros pagos aos depositantes: subiu 58,4% para 586 milhões de euros no espaço de um ano. Além disso, considera o CEO, os lucros "são fruto de uma transformação contínua" do modelo de negócio.
Ao contrário da margem financeira, as comissões líquidas deram um menor contributo para os lucros do que no mesmo período do ano passado, tendo caído 3,5% para 231,2 milhões.
No total, o produto bancário atingiu 830,4 milhões de euros, uma subida de 35,5%.
Do lado dos gastos, a operação custou mais 5,3% do que há um ano, fixando-se nos 255,4 milhões.
O número de trabalhadores manteve-se estável, com a saída de 30 pessoas. No total, o Santander tem hoje em Portugal 4.666 colaboradores. Fechou ainda oito agências neste primeiro semestre, ficando agora com 333.
18 mil créditos renegociados
O banco indica que o crédito a clientes reduziu 3,8% para 41,9 mil milhões de euros, "dinâmica largamente explicada pela amortização antecipada de créditos e pela menor originação de créditos".
Foram ainda renegociados "cerca de 18 mil créditos à habitação, o que representa quase dois mil milhões de euros em termos de crédito", revelou o CEO do banco.
E até junho, cerca de seis mil contratos tiveram bonificação dos créditos à habitação. "Em média, a bonificação por cliente é mais ou menos de 30 euros por mês", afirmou o presidente executivo do Santander, ressalvando que "não há sinais de incumprimento".
Depósitos caem 8,8%
Os recursos de clientes no Santander atingem 44,3 mil milhões de euros, uma redução de 7,2% face ao primeiro semestre do ano passado.
Para isto contribuiu uma queda de 8,8% nos depósitos, o que está "largamente associada à amortização antecipada de créditos, assim como pela aplicação em recursos fora de balanço, que cresceram 6% face ao final de 2022".
O administrador financeiro do Santander, Manuel Preto, ressalva, no entanto, que "já se sente uma inversão" nos depósitos, salientando mesmo que neste período houve um "crescimento em quatro dos seis meses".
Relativamente à concorrência dos Certificados de Aforro, que, até há pouco tempo, eram responsáveis por parte da fuga de depósitos da banca, Pedro Castro Almeida considera que essa questão "deixou de se colocar a partir do momento em que os bancos já têm ofertas iguais ou superiores".
Pedro Castro e Almeida rejeitou também que tenha havido qualquer tipo de pressão sobre o Governo sobre os Certificados de Aforro, que viram as regras alteradas a partir de junho. "Nunca fomos consultados por nenhum ministro das Finanças sobre a emissão de dívida pública", disse o gestor.
Última atualização: 11h25