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Lucros da Caixa caem 39% para 392 milhões até setembro

O banco liderado por Paulo Macedo tinha registado lucros de de 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019.

05 de Novembro de 2020 às 16:46
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Os lucros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) recuaram 39% para 392 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, em comparação com o período homólogo, num período em que o banco continuou a reforçar as provisões para responder à pandemia.

O banco estatal tinha registado um resultado positivo de 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2019, que refletiu o ganho que a Caixa obteve com as vendas das unidades em Espanha e África do Sul.

"O resultado líquido consolidado dos primeiros nove meses de 2020 atingiu os 392 milhões de euros, (-39% face ao mesmo período de 2019), equivalente a uma rentabilidade dos capitais próprios (ROE) de 6,6% (descida de 4,2 p.p. face ao homólogo)", indica o banco num comunicado enviado à CMVM esta quinta-feira.

Este valor, refere a CGD, inclui um resultado extraordinário de 51 milhões de euros (depois de impostos) decorrentes de ganhos atuariais nas responsabilidades com benefícios pós-emprego (fundo de pensões e plano médico). "Deste modo, o resultado líquido corrente foi de 342 milhões de euros o que corresponde a uma redução de 29% face ao resultado corrente do período homólogo de 2019 e a um ROE de 5,8%", nota.

Este resultado reflete o reforço de imparidades e provisões em 220 milhões de euros por parte da Caixa para responder aos efeitos da pandemia de covid-19.


Neste período, a margem financeira diminuiu 76,5 milhões de euros (-9%) face ao mesmo período do ano anterior, "impactada pelos níveis historicamente baixos das taxas de juro e pela amortização antecipada de crédito a entidades públicas que se verificou em 2019".

Por outro lado, as
 comissões líquidas recuaram 1,1 milhões de euros (-0,3%) face ao período homólogo.

Quanto aos custos de estrutura, estes "totalizaram 620,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020, o que se traduziu numa redução de 10,2% face aos primeiros nove meses de 2019. Esta evolução positiva foi especialmente significativa na diminuição de 47,7 milhões de euros dos custos com pessoal (-11,0%)", explica o banco.


A Caixa registou ainda uma melhoria da qualidade dos ativos, com o rácio de NPL a recuar para 
4,2%.

Os rácios de capital atingiram 17,2% no capital core (CET1) e 19,8% no capital total.


Depósitos e crédito crescem
Os depósitos de clientes aumentaram 5,3 mil milhões de euros nos primeiros nove meses, "evolução essencialmente justificada pela captação da CGD Portugal, impulsionado pelo aumento da taxa de poupança das famílias e demonstrando a confiança dos clientes na Caixa", refere o banco.

Por outro lado, o "stock" de crédito a empresas em Portugal (excluindo os sectores de construção e imobiliário) cresceu 9,8% nos primeiros nove meses. Já a produção de crédito à habitação "manteve a tendência de aumento da quota de produção que atingiu 21% entre janeiro e agosto e 24% se considerado apenas o mês de agosto, alcançando-se na produção anual um crescimento de 4% face ao período homólogo de 2019". 

(Notícia em atualização.)
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