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Lucro do Santander Totta cresce 28% para 53,8 milhões de euros

A melhoria da margem financeira permitiu o crescimento do resultado líquido do Santander Totta. A sucursal do banco espanhol melhorou os rácios de capital. Nos primeiros três meses do ano, deu menos crédito e recebeu mais depósitos.

Miguel Baltazar/Negócios
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O Santander Totta melhorou as contas nos primeiros três meses do ano face ao mesmo período do ano passado. O lucro passou de 42,1 milhões para 53,8 milhões de euros. Um ganho de 27,8%. 

 

No comunicado de divulgação de resultados do primeiro trimestre, revelado esta quarta-feira 6 de Maio, o banco liderado por António Vieira Monteiro (na foto) revela que para esta evolução do resultado líquido contribuiu a melhoria da margem financeira (a diferença entre os juros pagos em depósitos e os juros recebidos em créditos, que serve de base para o volume de receitas obtido por um banco).

 

A margem financeira alcançou 142,6 milhões de euros, o que representa uma subida homóloga de 10,3%. Para esta subida, contribuiu "sobretudo" o menor custo de financiamento, o que é o mesmo que dizer o menor custo dos depósitos.

 

A ajudar os resultados do Totta esteve, também, a saída do negativo da rubrica "outros resultados da actividade bancária". Fixou-se em 1,4 milhões de euros quando havia ficado em -10,8 milhões no ano passado. "O comportamento positivo desta rubrica é consequência de menores desvalorizações dos activos do fundo de investimento imobiliário Novimovest", explica o banco no comunicado.

 

Assim, com uma maior margem financeira e sem peso do fundo imobiliário, e apesar da quebra de 3,7% das comissões líquidas, o produto bancário do Santander Totta cresceu 9,6% para 227,5 milhões de euros.

 

Na outra vertente, os custos operacionais da unidade portuguesa do banco espanhol deslizaram 0,2% graças sobretudo a amortizações, já que os encargos com pessoal e os gastos administrativos agravaram-se.

 

A diferença entre o produto bancário e da actividade seguradora e os custos operacionais conduz a um resultado de exploração de 110,7 milhões, mais 22,4% do que em igual período do ano passado.

 

As imparidades (dinheiro reconhecido como perdido para eventuais encargos futuros, como crédito em incumprimento) subiram 4,9% para 34,2 milhões. A tabela de resultados fica concluída com o referido lucro de 53,8 milhões, um avanço de 27,8%.

 

Menos crédito concedido, mais crédito vencido

 

Nos primeiros três meses do ano, a entidade presidida por Vieira Monteiro deu menos crédito aos clientes, numa queda homóloga de 1,8% para os 26.505 milhões de euros. A pesar nesta evolução esteve o crédito a particulares (nomeadamente à habitação), que recuou 2,8% e que representa a grande fatia dos empréstimos concedidos. Já o crédito a empresas avançou 0,8%, não sendo suficiente para a melhoria do indicador.

 

O rácio de crédito vencido há mais de 90 dias agravou-se 0,41 pontos percentuais para representar 4,27%, dos empréstimos totais concedidos, sendo que a cobertura por provisões do crédito vencido desceu 1,1 pontos para 104,3%.

 

Já os recursos de clientes aumentaram 5,4% para 25.330 milhões de euros, com os depósitos a representarem grande parte do valor (20.022 milhões), com uma subida de 7,5%. Nota para o facto de, face ao trimestre imediatamente anterior, a evolução ser negativa: o Totta perdeu, aí, 1,6% dos depósitos.

 

Em termos de capital, o rácio Common Equity Tier 1 passou de 14,5%, em Março de 2013, para 15,2%, um ano depois.

 

(Notícia actualizada com mais informações pelas 12h55)

 

 

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