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JPMorgan e Goldman Sachs esmagam estimativas com lucros a dispararem 400%
Os maiores bancos dos Estados Unidos superaram largamente as estimativas dos analistas para os resultados do primeiro trimestre, depois de terem libertado reservas de milhares de milhões de dólares.
Três dos maiores bancos dos Estados Unidos anunciaram contas do primeiro trimestre muito acima das estimativas do mercado esta quarta-feira, 14 de abril, marcando um arranque positivo da época de resultados.
O Goldman Sachs anunciou números recorde nos primeiros três meses deste ano, com os lucros por ação a atingirem os 18,60 dólares, muito acima das projeções de 10,22 dólares. Estes números representam um aumento de 498% face ao mesmo período do ano passado. No que respeita às receitas, as estimativas apontavam para um total de 12,6 mil milhões de dólares, que o banco ultrapassou largamente, com 17,7 mil milhões, mais do dobro do registado no período homólogo de 2020.
"Temos trabalhado arduamente ao lado dos nossos clientes na preparação para um mundo além da pandemia e um ambiente económico mais estável", disse o CEO David Solomon na apresentação de resultados. "Os nossos negócios permanecem muito bem posicionados para ajudar os nossos clientes a reposicionarem-se para a recuperação, e essa força reflecte-se nas receitas e lucros recorde alcançados neste trimestre".
Tal como o Goldman Sachs, também o JPMorgan viu os lucros aumentarem quase 400% no primeiro trimestre, depois de o maior banco dos Estados Unidos ter libertado mais de 5 mil milhões de dólares de reservas que pôs de lado para cobrir incumprimentos relacionados com a pandemia.
O banco fechou o primeiro trimestre com lucros de 14,3 mil milhões de dólares, ou 4,5 dólares por ação, o que compara com 2,9 mil milhões, ou 78 cêntimos por ação, no mesmo período do ano passado. As estimativas dos analistas apontavam para lucros de 3,10 dólares por ação.
Já as receitas cresceram 14% para 33,1 mil milhões de dólares.
O JPMorgan, amplamente visto como um barómetro da saúde da economia americana em geral, disse que os gastos dos consumidores nos seus negócios voltaram aos níveis pré-pandémicos e aumentaram 14% em relação ao primeiro trimestre de 2019.
Os resultados, que foram ajudados pela comparação favorável com o ano passado, também beneficiaram de um aumento de 57% nas receitas da banca de investimento.
"Acreditamos que a economia tem potencial para um crescimento extremamente robusto e plurianual", disse o CEO Jamie Dimon em comunicado.
O Wells Fargo também surpreendeu os analistas ao apresentar lucros de 1,05 dólares por ação, acima das projeções de 70 cêntimos, e receitas de 18,06 mil milhões de dólares, também elas superiores às estimativas de 17,5 mil milhões de dólares.
Isto num período em que o banco também libertou reservas de 1,05 mil milhões de dólares.