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José de Matos é o novo presidente dos fundos de pensões do Banco de Portugal

O presidente da CGD entre 2011 e 2016 lidera a sociedade gestora dos fundos de pensões do Banco de Portugal, que gere 1,67 mil milhões de euros, tendo recebido, em Junho, luz verde do regulador dos seguros.

Bruno Simão
08 de Junho de 2017 às 19:50
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José de Matos, o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, é o novo presidente da sociedade que gere os fundos de pensões do Banco de Portugal. Esta função é exercida em acumulação com o cargo de consultor da administração do regulador.

 

A entrada em vigor da nomeação foi uma das decisões tomadas a 1 de Junho pelo regulador dos seguros e fundos de pensões, a ASF. Nesse encontro, foi deliberado "proceder ao registo, para o mandato em curso 2015/2017, de José Agostinho Martins de Matos como presidente, sem funções executivas, do conselho de administração da Sociedade Gestora dos Fundos de Pensões do Banco de Portugal, S.A".

 

Na prática, segundo informações que constam da página de LinkedIn, o presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos até Julho de 2016 está, desde Março deste ano, à frente desta sociedade responsável por gerir os fundos de pensões do regulador, tendo agora tido a luz verde do regulador dos seguros. A sociedade existe desde 1988, gerindo, no final de 2015 (últimos dados publicados), fundos de pensões com um valor global de 1,67 mil milhões de euros. Os capitais próprios, à mesma data, eram de 3,4 milhões.

 

No relatório e contas de 2015, o presidente da sociedade gestora era José Berberan Ramalho, vice-governador do Banco de Portugal, que saiu do cargo no final de Fevereiro.

 

Em Março, entrou José de Matos para a sociedade, o mesmo mês em que assumiu funções na Valora, a sociedade produtora de notas detida a 100% pelo Banco de Portugal, como o Eco noticiou em Abril. A estes cargos, o gestor junta ainda o papel de consultor da administração do regulador, onde está desde Setembro do ano passado.

 

José de Matos é quadro do Banco de Portugal, onde se encontra desde 1979. Foi vice-governador a partir de 2002, com Vítor Constâncio, tendo ficado nessa função até 2011, já com Carlos Costa. Nesse ano, foi convidado pelo primeiro-ministro Passos Coelho para liderar a Caixa Geral de Depósitos, tendo tido, no seu mandato, de lidar com as imposições da troika de vender as participações financeiras, em empresas como a Portugal Telecom e a antiga Zon (hoje Nos), de alienar a posição na área seguradora (Fidelidade) e ainda emagrecer a estrutura do grupo bancário. Foi substituído no cargo quando o Governo de António Costa decidiu alterar a cúpula da instituição financeira, convidando António Domingues para o suceder. Neste momento, a CGD está sob o comando de Paulo Macedo, após a polémica entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e Domingues.

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