"O sistema financeiro nos Estados Unidos é forte, está seguro e os depósitos estão salvaguardados", foi assim que Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, começou por se dirigir aos norte-americanos, em reação ao colapso de dois bancos nos últimos três dias, o Silicon Valley Bank e o Signature Bank.

Esta segunda-feira, na Casa Branca, o presidente garantiu que "os depósitos vão estar disponíveis e os salários dos trabalhadores destas empresas vão ser garantidos", acrescentando que a Reserva Federal norte-americana (Fed) e a agência Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) foram "céleres e rápidas" a agir.

Biden fez notar que "ninguém está acima da lei" e que "foram tomadas medidas para que esta situação não se repita e que não aconteça o mesmo que na crise de 2008", sendo que os investidores nestes dois bancos não vão ser ressarcidos. O presidente explicou ainda que "na antiga administração [de Donald Trump] foram retiradas regras do sistema" e que isso terá levado à situação atual.

"A solução assegura também que o dinheiro dos contribuintes não será usado" e que será antes através do fundo de garantia de depósitos.

"Estou firmemente comprometido em responsabilizar os responsáveis por esta confusão e em continuar os esforços para reforçar a supervisão e a regulação dos bancos de maior dimensão, para que não estejamos de novo nesta posição", terminou.

O presidente dos Estados Unidos discursou durante poucos minutos, antes da abertura dos mercados nos Estados Unidos, à procura de prevenir maiores quedas no setor da banca em bolsa, numa altura em que o sentimento de contágio se espalha na Europa com o mercado acionista a ser fortemente penalizado.